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terça-feira, 16 de abril de 2013



O PORQUINHO DO ORÇAMENTO

Gravuras  com a devida vénia  copiadas do Jornal "O Thalassa" de 11 de Julho de 1913. Este jornal de cariz monárquico publicou-se em Lisboa entre 6 de Março de 1913 a 7 de Maio de 1915. Em 3 de Setembro de 1914 sofreu a apreensão de todos os seus exemplares, por ordem do Dr. João Eloy, Director da Polícia.
 

Uma gravura, como esta, em que o Zé Povinho assiste ao engordamento do Porquinho do Orçamento, publicada pelo jornal "O Thalassa", bem podia ser uma imagem dos novos republicanos que governam Portugal desde Abril de 1974, onde ilusoriamente o mesmo Zé Povinho viu engordarem outros "Porquinhos" de Orçamentos, sem lhe dizerem que era tudo uma farsa e que as obras megalómanas como as  autoestradas paralelas Lisboa-Porto e outras, que são pagas duas vezes pelos contribuintes actuais e pelos seus filhos e netos - e tudo o que aconteceu noutras obras desnecessárias e na engorda do Estado, que na gravura o caricaturista pós-República retratou num "porquinho" - como nós o podíamos ter feito, hoje, se nos tivessem contado a verdade da suposta riqueza que não tínhamos, certamante, tínhamos ficado de sobreaviso.
Mas nada nos disseram.
Foi tudo uma festa de arromba!
Agora, sabemos o que aconteceu:



O "porquinho" esvaziou-se.
Tivemos de recorrer - a 3ª vez desde Abril de 74 - à ajuda externa.
O Zé Povinho, enganado, humílimo, de chapéu na mão coça a cabeça e o Estado que o conduziu ao estado em que hoje se encontra, tal como a velha gravura, abre a boca de espanto por ver esvaziado o "porquinho" que a sua falácia engordou a ponto de rebentar.
O que espanta é que O Estado - que afinal, devíamos ser todos nós e não somos, de facto - esteja a olhar o cofre vazio, com ar de quem não quer acreditar!
Mas, muito  mais espanta o Zé Povinho, os que durante a festa engordaram e deixaram que outros engordassem e, agora, que era preciso encher - mas sem voltar a engordar o "porquinho" a ponto de rebentar outra vez -  não saibam a fórmula de sair do estiolado orçamento, que por força do endividamento, cada vez fica mais magro, com o pagamento das dívidas que contraímos.
Pobre Zé Povinho" que tão enganado foste e, agora, tens de pagar a festa de uns poucos!

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