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domingo, 21 de abril de 2013

NÃO VAI HAVER MAIS IMPOSTOS!

Gravura publicada pelo Jornal "O António Maria" em 7 de Setembro de 1882
Como então dizia o velho jornal, a gravura que se reproduz com a vénia que merece, representou o último figurino dos contribuintes, que bem pode, passados que vão cerca de uma centena e meia de anos, adaptar-se ao presente que temos, uma prova evidente da recessão - com o nome de espiral, ou não - mas que nunca deixou de acontecer desde a Revolução Liberal, pese  embora o facto histórico de ter conhecido alguma melhoria  no tempo do Partido Regenerador (1881-1886) de Fontes Pereira de Melo, mas não suficiente, a ponto de ter merecido a crítica de mestre Bordalo Pinheiro que a gravura traduz.
Olhando o presente, é sabido que o povo não se revê na velha gravura acima reproduzida, mas há - e disso, tenhamos a certeza -  muita pobreza envergonhada e carências sociais gritantes, pelo que se aplaude a determinação do  Primeiro-Ministro Passos Coelho ao ter anunciado no passado dia 7 de Abril  que não vai aumentar os impostos para compensar os 1300 milhões de euros das medidas que o Tribunal Constitucional chumbou esta semana. A alternativa será a contenção da despesa pública na saúde, segurança social, educação e empresas públicas, cujo estudo será feito “nas próximas semanas.
A ver vamos.
Mas fica de pé a desconfiança.
É que a contenção, tal  como foi dita - ou cortes, melhor dizendo - na saúde, segurança social e educação - será que não escondem aumentos de despesas que se configuram com encapotados impostos?
E por aqui me fico, na esperança dos nossos governantes não virem a merecer uma crítica social semelhante àquela de que, no seu tempo,  "O António Maria" se fez eco.


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