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domingo, 29 de dezembro de 2013

Festa da Sagrada Família de Nazaré - Ano A - 29 de Dezembro de 2013


Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto e fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar». José levantou-se de noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto e ficou lá até à morte de Herodes. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pelo Profeta: «Do Egipto chamei o meu filho». Quando Herodes morreu, o Anjo apareceu em sonhos a José, no Egipto, e disse-lhe: «Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e vai para a terra de Israel, pois aqueles que atenta-vam contra a vida do Menino já morreram». José levan-tou-se, tomou o Menino e sua Mãe e voltou para a terra de Israel. Mas, quando ouviu dizer que Arquelau reina-va na Judeia, em lugar de seu pai, Herodes, teve receio de ir para lá. E, avisado em sonhos, retirou-se para a região da Galileia e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Assim se cumpriu o que fora anunciado pelos Profetas: «Há-de chamar-Se Nazareno». (Mt 2, 15. 19-23)

Senhor Deus, que nos deste 
como maior exemplo
 - o da Sagrada Família -  
dá-nos a graça de a imitarmos 
no respeito, na doçura, na ajuda 
e na defesa da sua integridade
como fez José, o guardião
do Menino e sua Mâe
a fugir para o Egipto, 
para que o Menino, salvo de Herodes,
voltasse dali para salvar o teu Povo
como - há milénios - por Tua vontade
havia acontecido com Moisés,
dá-nos, neste Dia, 
simplicidade, paciência e coragem.

O Menino, Maria e José,
eram três seres diferentes,
mas tinham entre si uma igualdade:
a do Amor.

Senhor, assim seja connosco!
Que as nossas famílias,
tão desiguais, nas pessoas,
sejam iguais no amor mútuo
de que é exemplo a Sagrada Família.
Dá-nos essa unidade.
A que fez da Casa de Nazaré
tão importante, que ainda neste Dia
a glorificamos!

Senhor Deus: 
Que um dia, todas as Tuas famílias
se encontrem Contigo,
na Eternidade da Tua Moradia!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Para Fernando Pessoa a História de Portugal acabou em 1578!?



in, livro "Mensagem-Fernando Pessoa" - edição de Teresa Sobral Cunha - Junho 2013


Nesta edição cuidada do livro "MENSAGEM" de Fernando Pessoa, a pág, 27, o seu autor que ainda o viu publicado, numa nota a que chama: "Uma Explicação do Autor" diz o seguinte, num dado passo:

Notar-se-á que se considera a História de Portugal como fechada nas duas primeiras dinastias, dando-se como não existentes a dos Filipes, a dos Braganças e a República. Assim é. Estes três tempos são o nosso sono; não são a nossa história, senão que representam a ausência dela.

Não se estranhe esta asserção de Pessoa. É preciso entendê-lo em face do "misticismo" nacionalista que perpassa na "MENSAGEM". Para ele, a História de Portugal acabou em 4 de Agosto de 1578, no areal inóspito de Alcácer Quibir, com a morte de D. Sebastião.

E assim, toda a História seguinte, a partir de 1580, ano em que faleceu o cardeal D. Henrique, que nos dois anos em que reinou sofreu a desdita de assistir ao suborno da nobreza portuguesa por parte de Filipe II - neto de D. Manuel - para apoiar a causa da sua pretensão ao trono de Portugal, invocando aquele parentesco.
O que veio a acontecer, como é sabido.
Este foi o sono do primeiro tempo de que o Poeta nos fala, a que se seguiu um sono maior, que durou entre 1640 - com a dinastia dos Braganças repartida entre o absolutismo e constitucionalismo com todo o seu rol de misérias políticas que tiveram fim em 1910 - a que se seguiram outras não menos gravosas -  e, finalmente, o terceiro tempo, ou terceiro sono, a partir da implantação da República a que se seguiu a Ditadura militar (1926-1933) e depois a do Estado Novo, que Pessoa ainda viu implementada, pelo facto de ter falecido em 30 de Novembro de 1935, um ano depois de publicado o seu livro: MENSAGEM.

Por isso, se  levarmos na devida conta o que ele nos diz, embora tivesse 22 anos quando eclodiu a República o País não acordou do sono profundo em que mergulhou em 1580, e tendo vivido, ainda, 25 anos após o derrube da monarquia o novo regime não podia seduzir um liberal fraternitário que não se reviu nos tempos atribulados da 1ª República e das diatribes dos homens que não satisfeitos com a matança real do Terreiro do Paço em 1908, com a mesma senha assassinaram Sidónio Pais em 1918, o Poeta viu esfumar-se o ideal esotérico de um quinto Império, prefigurado nas três partes em que dividiu o seu livro: "Brasão"; "Mar Português" e "O Encoberto", e em todas elas, como que rediviva a imagem de D. Sebastião, o herói que perpassa como um símbolo em todas as páginas da "MENSAGEM".

Maçónico - ou, simplesmente, um iniciado - no ano em que faleceu, revoltou-se em artigo publicado no dia 4 de Fevereiro no jornal "Diário de Lisboa" contra uma proposta do deputado José Cabral de 19 de Janeiro de 1935 - um político que era, então. director-geral dos Serviços Prisionais - e que propunha a extinção das sociedades secretas, mormente a da Maçonaria entrada no reino de Portugal em 1727 através de comerciantes britânicos com estadia em Lisboa, onde fundaram uma loja que ficou conhecida nos registos da Inquisição como a dos "Hereges Mercadores", por serem protestantes quase todos os seus membros.


Concluímos, que - embora desconheça o teor da refutação de Pessoa contra o parlamentar - tenho para mim, que a razão assistia ao deputado da Nação que queria ver extintas todas as sociedades secretas, tal como hoje, devia acontecer, se efectivamente, os deputados que elegemos - e estão de acordo com a proposta do seu antigo colega José Cabral -  não estivessem a dormir, comportando-se como no tempo de que nos fala Fernando Pessoa, porquanto, no decorrer da dinastia dos Braganças, Portugal dormia o seu segundo sono.
E foi nessa postura que sorrateiramente a maçonaria se instalou até hoje no silêncio hermético das suas "lojas", gerindo como pode e sabe e perfeitamente acordada o sono em que o resto do Pais vive mergulhado.

Ao certo pode afirmar-se que Pessoa, apesar do misticismo nacionalista da MENSAGEM, foi - um inimigo radical da Igreja de Roma  conforme confessa na pág.155 deste livro - foi um rosacruciano firmado na contraria hermética de iluminados, denominada: "Rosa-cruz", difundida a partir do século XVI da Alemanha e inserida na tradição esotérica do Ocidente, cujo fim era a prestação à evolução espiritual da humanidade, não se devendo esquecer, que para tanto, contribuiu a educação inglesa que recebeu nos tempos em que permaneceu na África do Sul (1895-1905), em Durban, para onde sua mãe emigrou após o seu segundo casamento.

Mas não podemos dar-lhe razão quanto ao sono português que passou a existir após o cumprimento das duas primeiras dinastias.
Se é verdade que Portugal adormeceu para sonhos esotéricos e parece ter esquecido o sentido nacionalista dos 44 poemas da sua MENSAGEM, com todos os sobressaltos, Portugal vive acordado, já não para a conquista de sonhos como o do "Quinto Império" que Pessoa acalentou na linha concebida pelo Padre António Vieira no século XVII, mas para um tempo em que a realidade dura, embora se não coadune com o sonho da MENSAGEM, não pode esquecer tudo o que está por detrás e encheu de glória as duas dinastias de Portugal, onde Pessoa foi buscar a fonte do formidável livro que legou e que faz dele uma preciosa herança.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um "aviso"... só para fora?



Com a devida vénia, in, jornal "Diário de Notícias" de 26 de Dezembro de 2013


Neste País acéfalo - onde os culpados se tornaram vítimas - os sobressaltos vão continuar a acontecer, vindos até do próprio governo, razão que me leva a concluir que o recado de Passos Coelho, muito embora seja directamente atirado para aqueles que miram o derrube do seu ou de um outro qualquer governo - são os profissionais do "deita abaixo" -  onde estranhamente, neste tempo, enfileira com eles um  PS armado em "menino mimalho" que olha para o lado sem olhar o prato da sopa que ele mesmo partiu é, também, dirigido para dentro, em especial para o "irrevogável" a quem competia ter tido mais comedimento, quanto ao peso político que o País teve de suportar.
Para bem de todos nós deseja-se para o Ano Novo de 2014 que os sobressaltos que vão continuar a existir, apesar de tudo, nos ajudem a levar "a carta a Garcia".

E Deus criou o homem...






Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." (Gn 1, 26)
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E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. (Gn 2, 7)


Reflectindo sobre estes dois versículos do Livro do Genesis, concluímos:

Sobre o primeiro.

Deus ao fazer o homem em último lugar, depois ter criado a luz e o firmamento e tudo o que sob ele está ordenado, imprimiu-lhe a marca de si mesmo, fazendo-o sua imagem e semelhança, dando-lhe, assim, a faculdade do conhecimento (Sl 94,10) e, desse modo, servir como seu administrador e de tal modo tão parecido com Ele que o homem ficou repleto de honra e dignidade (cf Sl 8, 6-9), tendo-lhe o Criador conferindo o exercício da autoridade sobre as todas obras por si criadas.
E tudo aconteceu com uma só palavra: "façamos", o que mostra a vontade de Deus em dar ao sujeito - o cume da sua Obra - o desígnio de ser seu representante e revestido de autoridade, enquanto sua cabeça visível no governo das coisas.
Desse modo - carne e espírito - prefigurando a terra e o céu, passou a ter parte nos desígnios do Eterno sobre a vivência do Mundo.

Sobre o segundo:

Deus ao formar o homem do pó da terra provou que a substância da sua carne e todo seu o admirável suporte material o liga à crosta da Orbe.
Julgado e admitido o princípio da Bíblia não ser um Livro científico, como tal, neste aspecto, a linguagem usada "pó da terra" é uma metáfora que deve ser entendida nos seus aspectos físicos, como a concentraçao harmónica de cálcio, potássio, ferro, etc, ou seja, aquilo que dá consistência ao corpo humano e o mantém erecto.
Situando-nos no passo seguinte, ou seja, no aspecto de Deus ter soprado sobre a criatura o "fôlego da vida" este sopro da divindade acendeu na matéria inerte, a "alma vivente", fazendo assim da dualidade corpo/alma uma unidade em que o lado material - o corpo -  se tornou como havia de dizer S.Paulo, um templo do Espírito Santo ao perguntar, declarando: Não sabeis vós que sois templo de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós é santo (1 Co 3,16 -17).
E, que, a alma, por ser uma criatura de Deus, foi dotada de carismas de tal modo especiais que vai guardar até à eternidade uma lembrança do seu Criador, constituindo-se sempre como a primeira manisfestação do Amor de Deus e, logo, atraída para Ele em todo o tempo em que lhe cumpre animar o corpo em todo o seu percurso terreal.


Concluindo, dir-se-á que toda a criatura por ser imagem e semelhança do Criador, é naturalmente impelida a perceber a sua origem através dos seus sentimentos  e virtudes que ao tornar o homem um templo de Deus o obriga que na sua aparência corporal, esta reflicta a saúde da sua alma, o que levou  Voltaire (1694-1778) a declarar o seguinte no seu "Dicionário Filosófico":   
Seria maravilhoso ver a própria alma. 
Mas só a Deus é dado pô-lo em prática. 
Quem mais pode conhecer a própria essência?
Alma chamamos ao que anima. É tudo o que dela sabemos: a inteligência humana tem limites. Três quartos do gênero humano não vão alêm, nem se preocupam com o ser pensante. O outro quarto indaga. Ninguém obteve nem obterá resposta. (...) 

E segue o seu raciocínio com este interessante e esclarecedor diálogo, antecedido de um pequeno intróito:

     Os primeiros filósofos, quer caldeus, quer egípcios, disseram: Forçoso é haver em nós algo que produza o pensamento; esse algo deve ser extremamente subtil: sopro, fogo, éter, substrato, um tênue simulacro, uma enteléquia, um número, uma harmonia. Finalmente, segundo o divino Platão, é um composto do mesmo e do outro. São átomos que pensam em nós, disse Epicuro depois de Demócrito. Mas, meu amigo, como pensa o átomo? Confessa que nem o imaginas.
     Aceita-se seja a alma um ser imaterial. Mas vós não concebeis o que seja esse ente imaterial.
     - Não, - respondem os sábios - porém conhecemos sua natureza: pensar.
     - Como o sabeis?
     - Porque ela pensa. (...)

E a terminar o capítulo dedicado à alma, diz Voltaire:

(...) Parece que só depois da fundação de Alexandria os judeus se cindiriam em três seitas: fariseus, saduceus, essénios. Ensina o historiador fariseu José no livro 13 das Antiguidades que os fariseus acreditavam na metempsicose. Criam os saduceus que a alma se extinguia com o corpo. Para os essénios - é ainda José quem o afiança - a alma era imortal; segundo eles as almas, sob forma aérea, desciam do fastígio do firmamento violentamente atraídas pelos corpos. Após a morte as almas das pessoas boas iam morar além oceano, num país onde não fazia calor nem frio, não ventava nem chovia. Lugar de todo em todo oposto era o desterro das almas ruins. Tal a teologia dos judeus.
 Aquele que devia ensinar todos os homens veio condenar essas três seitas. Sem ele, porém, jamais saberíamos coisa alguma da própria alma. Porque os filósofos nunca souberam nada certo e Moisés, único verdadeiro legislador do mundo antes do nosso, Moisés que falava com Deus face a face e não o via senão pelas costas, deixou os homens em profunda ignorância dessa magna questão. Há apenas mil e setecentos anos que estamos certos da existência e imortalidade da alma.
  Cícero não tinha mais que dúvidas. Seus netos aprenderam a verdade com os primeiros galileus que arribaram a Roma.
   Mas antes disso, e até depois disso em todo o resto da terra onde não penetraram os apóstolos, cada um devia dizer à própria alma: Que és tu? De onde vens? Que fazes? Para onde vais? Tu és não sei que, que pensa e que sente. Mas ainda que pensasses e sentisses cem bilhões de anos, nada saberias por tuas próprias luzes, sem o auxílio de Deus.
Homem! Deus outorgou-te o entendimento para bem procederes e não para penetrares a essência das coisas por ele criadas.


Como nota final apetece dizer:
Se o homem - especialmente aquele que combate a divindade e o Seu poder criador - teima em não entender o que diz a Bíblia e a Igreja que a proclama, que atente nestas palavras cheias de sabedoria de um homem, que todos vêem inimigo da Igreja - e foi-o, efectivamente - mas teve a arte de não negar que na Obra da Criação existe o selo de um Deus que em si mesmo reúne o Mistério insondável das origens que só Ele conhece.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Comer e calar?




Comer e calar, Senhora Ministra das Finanças?
E, então, o dinheiro - a ser verdade o que veio noticiado recentemente - que ronda os 368 milhões de euros pagos pelas Empresas Públicas, num ano, apenas em suplementos remuneratórios, não poderiam quase colmatar o montante que o Governo propôs para a "convergências das pensões" chumbada - bem ou mal, agora de pouco importa, porque o mal está feito - pelo Tribunal Constitucional?
Senhora Ministra: porque não recorrer a este gasto e fazê-lo voltar aos cofres do Estado?
Mundo estranho é o nosso!
Será que o Governo não pensa?
É acéfalo?
Eu não queria fazer estas perguntas mas a tanto me abriga - e a contragosto - isto que vejo, leio e ouço... e não posso nem devo ignorar!
É que num tempo de "vacas magras" como é o que vivemos, parecia razoável que não houvessem pagamentos suplementares!


domingo, 22 de dezembro de 2013

O grande gastador!


Capa do livro de José Gomes Ferreira - 6ª edição - Setembro de 2013


Uma transcrição ipsis-verbis da pág. 110, sujeita ao título:

PAGAR SEMPRE TODAS AS DÍVIDAS

Poucos meses depois de ter deixado o Governo, já a estudar Filosofia em França, José Sócrates disse numa aula em Poitiers, que "as dívidas dos países, pelo menos foi o que eu estudei em economia, são por definição, eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei"
E acrescentou o ex-primeiro-ministro responsável pelo maior aumento da dívida do Estado em Portugal desde o século XIX: "Para pequenos países, como Portugal, e ESpanha, pagar a dívida é uma ideia de criança."
Nunca na minha vida de jornalista, tinha ouvido uma declaração tão irresponsável da parte de quem tinha sido responsável pela condução da coisa pública, dos negócios do Estado.
(...)

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Que dizer?
Para mim, podia bastar o último parágrafo do brilhante jornalista que é José Gomes Ferreira... e, depois, tentar esquecer o que aconteceu, por uma questão de higiene intelectual e de defesa própria do espírito.
Penso, porém, que devo acrescentar este provérbio popular cheio da sabedoria que falta aos homens "inteligentes":
"Quem paga o que deve, sabe com quanto fica!"

IV Domingo do Advento - Ano A - 22 de Dezembro de 2013


O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados». Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz: «A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’». Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa. (Mt 1, 18-24)
Diante do nosso entendimento
e da nossa fé, neste Domingo, 
aparece como figura principal, 
uma donzela cheia de graça: Maria!
Com a alegria de nela se ter cumprido
a antiga profecia de Isaías:

A virgem conceberá e dará à luz
um filho e o seu nome será Emanuel.

E, aparece, também, um homem justo, 
cheio da mesma graça: José!
Que perante a lei do tempo,
podia denunciar Maria,
se não tivesse ouvido - e seguido - 
a voz do Anjo.

Maria e José,
dai-nos o Filho do Pai, para nós!
para que Ele seja para sempre
Deus connosco!

Ave Maria, Mãe de Deus.

D'Aquele Deus incarnado
que habitou contigo e, agora,
habita connosco em cada dia
até ao fim dos tempos,
porque tu, Virgem Senhora, ao permitir
quem em ti se cumprissem as Escrituras, 
assim és lembrada
neste tempo em que nos aproximamos
de mais um Santo Dia de Natal!

III Domingo do Advento - Ano A - 15 de Dezembro de 2013



Naquele tempo, João Baptista ouviu falar, na prisão, das obras de Cristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: «És Tu Aquele que há-de vir, ou devemos esperar outro?». Jesus respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres. E bem-aventurado aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo». Quando os mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João às multidões: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? Então que fostes ver? Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas encontram-se nos palácios dos reis. Que fostes ver então? Um profeta? Sim – Eu vo-lo digo – e mais que profeta. É dele que está escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o caminho’. Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o menor no reino dos Céus é maior do que ele».  (Mt 11, 2-11)

Senhor Jesus,
não havia de esperar por outro,
efectivamente, 
porque Tu eras o Anunciado
portador da Boa Nova.
E em Ti já estava fundado o Reino 
desde a Eternidade.

Por isso, Te aproximaste dos homens.
Vem, Senhor Jesus!

Vem e nós, homens crentes 
na Boa Nova que nos trazes, 
prometemos seguir
as Tuas peugadas, quando entenderdes
que é chegada a nossa hora
se cumprir, Contigo, a missão do Pai!

Por isso, Te aproximaste dos homens.
Vem, Senhor Jesus!

Vem, e nós sabemos, que ao invés
do que julgava o judaísmo,
Te vais apresentar
bem longe dos seus fúteis aparatos, 
mas antes,
com a humildade de quem sendo Rei, 
se vai apresentar como servo.

E assim queres que sejamos!


sábado, 21 de dezembro de 2013

O meu desacordo com o Tribunal Constitucional





Reprovo que os senhores juízes do Tribunal Constitucional - como se fossem políticos de carreira - tivessem vindo em hora nobre da TV, falar sobre o seu acórdão relativo ao chumbo da convergência das pensões, justificando o seu procedimento, tal como afirmou o douto juíz Joaquim Sousa Ribeiro:


"Em primeiro lugar, foi valorada uma eventual situação de expectativa dos pensionistas com pensões já atribuídas e que viam agora o seu montante ser reduzido por força destas normas. Concluímos que estávamos perante expectativas não só legitimas, como particularmente consolidadas e reforçadas por uma série de factores, mas desde logo porque estávamos em face de direitos constituídos"

O sublinhado é meu.

Aceito - e com agrado - que Vital Moreira, tenha dito o que veio publicado no Jornal "Sol" do dia 20 de Dezembro de 2013, assim transcrito ipsis-verbis:



in, Jornal "Sol" de 20 de Dezembro de 2013

“A ideia de que a redução de 10% de uma pensão pode afectar gravemente os planos de vida de uma pessoa, mesmo que se trate de valores elevados (no sector público há muitas pensões acima de 5000 euros) e mesmo que o titular tenha outros rendimentos (o Tribunal Constitucional não fez excepções nem qualificações), é uma tese pelo menos desproporcionada”, escreveu esta sexta-feira no seu blogue Causa Nossa.(...)

“Os que contavam com algum alívio fiscal depois da crise podem desiludir-se. Com a doutrina dos direitos adquiridos consolidada pelo Tribunal Constitucional em matéria de prestações públicas, mesmo quando atribuídas em período de ‘vacas gordas’ orçamentais, vai ser preciso continuar a pagá-los em período de ‘vacas magras’. Em matéria de nível da carga fiscal não há protecção da confiança...”, lamentou na quinta-feira, quando foi conhecido o acórdão do TC.

“Voltando a conferir valor absoluto ao princípio da protecção da confiança (sem paralelo na jurisprudência constitucional comparada), o Tribunal Constitucional reiterou o seu entendimento, a propósito da convergência das pensões, de que as prestações públicas conferidas por lei se tornam constitucionalmente intocáveis, mesmo que isso se traduza numa manifesta desigualdade, não somente em relação aos que beneficiam de prestações de valor menor em igualdade de circunstâncias (os pensionistas do sector privado) mas também em relação aos que no futuro venham a aceder às mesmas prestações (os futuros pensionistas do sector público)”, explica ainda

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Concordo.
Faz impressão que os "direitos adquiridos" possam fazer carreira e jurisprudência quando, como agora, não há dinheiro para os pagar.
Razão, que me leva a pensar que, com todo o respeito que me devem merecer os senhores juízes do Tribunal Constitucional - embora aplicando a lei - deviam compreender que esta ou se renova ou não pode ser aplicada a um País falido, como é Portugal, actualmente.
A voz dos juízes devia ser ouvida, porque é preciso por os políticos em ordem, porquanto decidem em cima de leis que não respeitam o tempo que passa.


Um solilóquio imprevisto!



Foto copiada - com a devida vénia - 
do diaporama Portugal a Norte - 6ª parte 
(Douro e as regiões demarcadas do Vinho do Porto)



Solilóquio 
com uma velha máquina do rio Douro


Tu, que abrasada pela fornalha ardente
por força das pazadas do carvão
que recebias no bojo, a horas certas,
percorreste de fio a pavio toda a linha que havia
ao longo do rio Douro.

Tu, que te "embebedaste" no tempo das vindimas
com o cheiro do mosto
e quebraste nos carris o gelo das geadas,
e arrostaste com os sóis e as nortadas,
em todos os casos, sempre contente,
soltando o teu silvo estridente.
quando se aproximavam as estações do caminho,
ou quando partias delas para continuar a jornada
e sempre pronto, na ânsia de veres
a  tua chaminé fumegante e o teu perfil de aço 
escurecido pela origem da construção
e pelos anos, espelhado como um brinquedo andante
nas águas límpidas do rio Douro,
enquanto, com a força que te dava a fornalha ardente,
puxavas as carruagens onde ia a tua gente,
aquela amálgama do povo, apinhado, às vezes!

Pela tua alegria de aço a resfolegar vapores 
sobre a vertente aplanada do monte
- a tua bela estrada! - 
não merecias que  se tenham esquecido
olvidando tanta coisa que fizeste
e te tenham arrumado a um canto, 
com a maldade de veres todos os dias
os carris à tua frente, luzidios, como no tempo
em que os percorreste,
mas onde já não passas, como outrora!

Para teu desgosto,
os homens que tantas vezes transportaste
- e, até, cuidaram de ti nas mazelas que tiveste - 
puseram à tua volta as àrvores da paisagem
que dantes vias a correr e, agora,
são como tu, imagens quietas 
- e tu, mais quieto que elas - 
como se fosses, e não devias ser,  
um ferro velho que apodrece
às intempéries e às canículas que põem em brasa
a tua antiga fornalha ardente...
mas que não chegam para te por a correr 
em cima dos carris antigos...
e que estão, como um desafio, à tua frente!

Mereces, por isso, pelo esquecimento imerecido
estes versos soltos 
onde vai todo o encantamento que me deste
e todo o meu carinho, em honra do teu passado!

S. Leonardo de Galafura




Foto a partir do monte de S. Leonado (de Galafura)


Mosaico no tardoz da Capela do monte  de S. Leonardo (de Galafura)


São Leonardo de Galafura

À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.

Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.

Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!

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O nome deste célebre miradouro sobre os anfiteatros que se debruçam desde os 600 metros de altitude para ver o Douro passar, imponente - esteja calmo ou revolto - deve-se, ao facto de naquele local se ter erigido uma capela dedicada a S. Leonardo de Noblac, tendo-se passado a designar o local como S. Leonardo de Galafura, tomando o sobrenome daquela freguesia duriense do Peso da Régua, que assim passou a ser conhecido e, muito mais, depois de no "Diário IX" o poeta de S. Martinho de Anta o ter imortalizado.
O patrono, ali invocado era natural de Noblac e converteu-se ao cristianismo no Natal de 496, juntamente com o rei Clóvis de quem era afilhado. É lembrado pela Igreja no dia 6 de Novembro, como S. Leonardo de Limoges, por ter vivido como monge na floresta de Pavum , perto daquela localidade.
Em S. Leonardo de Galafura, Miguel Torga, passou várias vezes o seu olhar, mergulhando-o, ora no espaço azul, imenso e diáfano, ora nas encostas dos vinhedos que quase beijavam as margens do rio Douro, dele nos dando conta, chamando ao local um "excesso da natureza" espraiado naquele ambiente telúrico em que segundo o pensamento de Migurl Torga o home de devia unir à terra e ser-lhe fiel, no trato com ela e no gozo ambiental que ela lhe dava, para que a vida tivesse sentido e, por isso, o sagrado se exprimisse.
A poesia que ele dedica ao Douro a partir do imenso miradouro do monte de S. Leonardo insere-se naquele sentimento que ele expressou magistralmente naquele miradouro duriense em 8 de Abril de 1977:

O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza. Socalcos que são passados de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor pintou ou músico podem traduzir, horizontes dilatados para além dos limiares plausíveis de visão. Um universo virginal, como se tivesse acabado de nascer, e já eterno pela harmonia, pela serenidade, pelo silêncio que nem o rio se atreve a quebrar, ora a sumir-se furtivo por detrás dos montes, ora pasmado lá no fundo a reflectir o seu próprio assombro. Um poema geológico. A beleza absoluta».

Miguel Torga in “Diário XII”

Para Torga o local de S. Leonardo de Galafura é um poema geológico. A beleza absoluta que que ele sente que navega sem pressa de chegar aos seu destino, por sentir pena da terra que vai deixar para trás.
As três estrofes do poema marcam-lhe a divisão.
Na primeira estrofe o Poeta coloca o Santo invocado no monte - S. Leonardo - a comandar um navio de penedos e a sulcar as águas do Douro como se o fizesse num mar de mosto e feliz de ver o cais humano de que lhe custa apartar-se, de tal forma que não tem dúvidas em afirmar que faz aquela viagem a contragosto,  num antecipado desengano do que o espera no cais divino, algo que ele não conhece.
Na segunda estrofe, porém, porque a viagem da vida se parece com tal navio de penedos, e porque daquele facto não há retorno, ele anima-se e afirma que lá, para onde se caminha - a eternidade - não tem socalcos, nem vinhedos e, em vez, daquela agua do rio haverá charcos de luz a que dá o nome de Envelhecida - por ser a luz que vem desde a primeira aurora dos tempos - e serão rasos, todos os montes, deixando de tal forma aplanados os horizontes que neles, por fim, um dia, até aquela vida será extinta.
Na última estrofe, assistimos a um regressar ao desejo já expresso de navegar cada vez mais devagar, porque se é mister não poder parar o navio de penedos, é preciso refrear a sua marcha, porque,

cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!

Impressiona neste poema singular as metáfora usadas pelo Poeta, como: "navio de penedos"; "doce mar de mosto"; "ondas da eternidade"; "cais humano e divino" como se nesta bela imagens poéticas S Leonardo - posto a comandar o navio - se sinta magoado da terra linda que vai deixar, embora o espere a eternidade a par de alguma desilusão,como se a beleza desta se não pudesse parecer com aterra do Douro, vista dali, daquele miradouro sereno, onde o ar rarefeito e a paisagem, merecessem o dom de serem eternas.

O que espanta, ainda, é que o poema composto por três estrofes irregulares no verso e, consequentemente, na métrica, é regular na transmissão do pensamento que o Poeta nos quer oferecer naquela lúdica, serena e vagarosa viagem de S. Leonardo, sem pressa de alcançar a eternidade, porque o seu destino já era eterno.


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Este esperado Menino Jesus!



Biografia sucinta
até ao início do seu Ministério

Natural da Galileia, este esperado Menino concebido pelo Pai Eterno desde Criação do homem, aconteceu num tempo em que a Palestina estava subjugada ao poder imperial de Roma e o seu povo sofria as maiores atrocidades do paganismo reinante, tendo nascido nos últimos anos do reinado de Herodes o Grande, quando Augusto era o Imperador. 
Filho adoptivo de José, carpinteiro de Nazaré, na Galileia, e de sua esposa, a Virgem Maria, nasceu quando seus pais estavam em Belém - uma pequena cidade a 8 Km., de Jerusalém -  por causa de um recenseamento. Como a notícia de que teria nascido aquele que seria o rei dos judeus, e como não sabia do seu paradeiro, Herodes ordenou uma matança de todas os meninos de Belém e no seu território, com até dois anos de idade (Mt 2:16), mas ele escapou da matança porque seus pais fugiram para o Egipto.
Ali permaneceram até a morte de Herodes, alguns meses após, quando então José decidiu regressar com sua família e estabeleceu-se em Nazaré, e onde Jesus passou a maior parte de sua vida trabalhando com o pai nas tarefas de carpintaria. 
Sua primeira aparição pública, aos 12 anos, segundo Lucas, deu-se quando a família visitava Jerusalém e seus pais o encontraram entre os doutores do Templo, ouvindo-os e interrogando-os. Segundo a tradição, após a morte de José, ELE compreendeu que estava na hora de começar a cumprir sua Divina Missão. 

Preparamo-nos, mais uma vez, para O acolher, lembrando o Seu nascimento e, se. neste mesmo tempo, a maçonaria com a força oculta que tem se esforça para impor às crianças e a um mundo desfigurado, em seu detrimento a figura do Pai Natal, a Igreja, não cessa de O apresentar como o Filho de Deus que viveu com os homens, educado, mantido e acarinhado no seio de uma Família, como uma qualquer onde nascemos, mas tendo dentro dela o selo do Eterno, que fez d'Eele, o 

Filho amado desde a primeira aurora dos tempos

Profecia (de Jeremias - 620 a. C.)

Jr 1, 4-5 - Ora veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Antes que eu te formasse no ventre ( da Mãe Santíssima) te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta e, porque assim foi, para além de Jeremias não cessam na História Bíblica os profetismos bem assinalados - séculos antes do nascimento de Jesus - e os seus cumprimentos em tempo subsequente, ficando deste facto único na História dos homens, este breve mas elucidativo apontamento.

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Herdeiro do trono de Davíd

Profecia (de Isaías - 740 a. C.)

Is 9, 7 - Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso. 

Is 11, 1-5 -  Então brotará um rebento do toco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. E deleitar-se-á no temor do Senhor; e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem decidirá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas julgará com justiça os pobres, e decidirá com eqüidade em defesa dos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio. A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade o cinto dos seus rins.

Cumprimento

Mt 1.1 - Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (Mt 1.6)

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Seu lugar de nascimento

Profecia (de Miqueias - 700 a. C.)

Mq 5.2 - Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

Cumprimento:

Mt 2.1 - Tendo, pois, nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram do oriente a Jerusalém uns magos que perguntavam: (Lc 2.4-7)

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A época de seu nascimento

Profecia (de Daniel - 200 a. C.)

Dn 9, 25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até o ungido, o príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; com praças e tranqueiras se reedificará, mas em tempos angustiosos.

Cumprimento

Lc 2, 1-2 - Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria. 

Lc 2, 3-7 -  E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. Subiu também José, da Galileia, da cidade de Nazaré, à cidade de David chamada Belém, porque era da casa e família de David, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz, e teve a seu filho primogénito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.

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Nasceria de uma virgem

Profecia (de Isaias - 740 a. C.)

Is 7, 14 - Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.

Cumprimento

Mt 1, 18 - Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo

Lc 1, 26-35 -  Ora, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo Ela, porém, ao ouvir estas palavras, turbou-se muito e pôs-se a pensar que saudação seria essa. Disse-lhe então o anjo: Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai;  e reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim  Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão?  Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.