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quarta-feira, 29 de abril de 2015

Momentos para ouvir e agradecer - La Luz de Francisco (7)









O Papa Francisco - é o primeiro a usar este nome na Cátedra de Pedro -  é um fenómeno de popularidade e veio dar à Igreja Católica uma aura de tal prestígio que marcará o seu tempo de uma forma indelével, pelo carisma que sem esforço o caracteriza pelo facto de ser natural a ponto do seu sorriso e os seu olhar ser uma marca da bondade que exterioriza e faz dele uma figura exemplaríssima.

De seu nome de baptismo Jorge Mario Bergoglio, nasceu em Buenos Aires em 17 de Dezembro de 1936. Foi elevado ao cardinalato em 21 de Fevereiro de 2001 e eleito Papa em 13 de Março de 2013.

É o primeiro Papa nascido no continente americano e, também o primeiro latinoamericano, pelo facto de descender de pais italianos. Ocupa o 266º lugar na lista de anotações papais da Igreja Católica e o primeiro Papa jesuíta da História da Igreja.

Esta bela composição musical que podemos ouvir nesta postagem tem como cantor Palito Ortega, um cidadão argentino que goza de grande fama na América Latina e cuja alegria é de tal modo contagiante que dá a quem o ouve uma elevação da alma, onde a figura do Papa Francisco é exaltada como ele merece.

Momentos para ouvir e agradecer - Andrea Bocelli - Gloria in Excelsis Deo (6)


GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS

Apesar de iniciar com as palavras dos anjos que saudaram o nascimento de Jesus na anunciação aos pastores, este é um hino pascal. Inicialmente, era cantado apenas na missa presidida pelo bispo, sendo que o presbítero só o entoava na noite de Páscoa. A sua forma mais antiga é testemunhada no Oriente cristão a partir do ano 400.

O hino é um cântico de louvor à Deus Pai e a Jesus Cristo, ao contrário do que muitos afirmam ser um canto de louvor trinitário. Após a introdução Gloria in excelsis Deo louva-se a Deus Pai. De seguida, Jesus Cristo é aclamado como Cordeiro de Deus imolado e presente na glória, ao qual se pede piedade. Termina com uma profissão de fé (Só vós sois o Santo...) e pela referência ao Espírito Santo. O hino é selado pela aclamação Amém.
in. Wikipedia



Glória a Deus nas alturas
 e paz na terra aos homens de boa vontade.

Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso:
 nós Vos louvamos,
 nós Vos bendizemos,
 nós Vos adoramos,
 nós Vos glorificamos,
 nós Vos damos graças,
 por vossa imensa glória,
 Rei Celeste, Deus Pai Onipotente.


Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito,
 Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai:
 Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós;
 Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica;
 Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós.

Só Vós sois o Santo;
 só Vós, o Senhor;
 só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo;
 com o Espírito Santo†, na glória de Deus Pai.


Amém.


terça-feira, 28 de abril de 2015

Momentos para ouvir e agradecer (Hallelujan) Handel (3)





Messias (Messiah) (HWV 56, 1741) é um oratório/oratória de Georg Friedrich Händel com 51 movimentos divididos em 3 partes, durando entre cerca 2h 15min e 2h 30min.

Embora o 42.º movimento (o célebre "Aleluia") seja reconhecível por qualquer pessoa (mesmo não sabendo a que obra pertence ou que compositor a escreveu), a obra "O Messias" não é tão conhecida na sua totalidade como merecia.

Em "o Messias" assistimos a diversos relatos em torno Jesus Cristo desde a sua anunciação profética, o seu nascimento, vida, morte e ascensão. vide: céu.

Assim: 1ª Parte - Apresenta a profecia e o nascimento de Jesus; 2ª Parte - Relata episódios da Paixão, culminando no coral "Aleluia"; 3ª Parte - Descreve o tema da Redenção

in, Wikipedia

segunda-feira, 27 de abril de 2015

A Natureza: espelho de Deus!




Disse Pascal, que a  natureza tem perfeições que mostram que é a imagem de Deus e defeitos que mostram que é apenas a imagem, donde ao olhar a beleza desta imagem, eu, seguindo o conceito do antigo matemático - e brilhante pensador - não posso deixar de concluir que ela é um espelho perfeito que nos mostra a imagem de Deus-Criador.

E não vejo que volta que se possa dar para negar tal evidência.

No poema "Quando Vier a Primavera" que se transcreve o que o heterónimo de Fernando Pessoa nos diz é que no rolar de cada Primavera - o homem pode já ter morrido - mas a força e a beleza das árvores e das flores repetir-se-ão, porque a sua realidade dispensa a sua presença física para continuar a maravilhar todos aqueles que cedem à cegueira das sua arrogâncias a beleza de se deixarem maravilhar... porque mesmo que teimem em não acreditar as flores florirão da mesma maneira.

E isto é assim, porque o Deus-Criador não deixará de se mostrar a cada geração de viventes.

Quando Vier a Primavera

Quando vier a Primavera,
 Se eu já estiver morto,
 As flores florirão da mesma maneira
 E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
 A realidade não precisa de mim.

 Sinto uma alegria enorme
 Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma

 Se soubesse que amanhã morria
 E a Primavera era depois de amanhã,
 Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
 Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
 Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
 E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
 Por isso, se morrer agora, morro contente,
 Porque tudo é real e tudo está certo.

 Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
 Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
 Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
 O que for, quando for, é que será o que é.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
 Heterónimo de Fernando Pessoa


domingo, 26 de abril de 2015

Sabedoria do Mundo - É curioso observar




É curioso observar!

É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do dia a dia de maneira simples.

Lembre-se de que:
A mais longa caminhada só é possível passo a passo...
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...
Os dias passam, segundo a segundo...
As mais fortes cachoeiras se formam de pequenas fontes...
Não fosse a gota e não haveria chuvas...
As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...
É curioso pensar que de apenas 7 notas musicais tenham feito músicas lindas , as suas preferidas. ...

Assim também o mundo que nós sonhamos e queremos só será construído a partir de pequenos gestos partindo de nós mesmos.
Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos mudar uma pequena parcela dele: esta parcela que chamamos de "Eu".

Não é fácil nem rápido, Mas vale a pena tentar!
Autor Desconhecido

O meu comentário a esta Sabedoria do Mundo

O poeta da antiguidade - Lucrécio - quando disse que do nada, nada vem, nesta sintética frase deixou implícita uma verdade absoluta se nos colocamos a analisar aquele conceito do lado humano, que de modo algum do nada pode realizar eventos palpáveis.

O "nada" que tem ocupado filósofos e físicos, em temos simples significa o vazio, aquilo que nem sequer ocupa espaço, pelo que se do nada, nada vem, é dos pequenos nadas que a vida se forma e acontece, razão através da qual o "autor desconhecido" nos quis transmitir a necessidade absoluta - de termos em conta o ínfimo -  porque é sempre a partir dele que as coisas inanimadas se podem multiplicar como os minúsculos grãos de areia e os seres se animam e reproduzem e o homem - a jóia da Criação - faz caminho, escreve livros e tudo o mais.

Nada pensar, nada fazer é, por isso, estiolar o pensamento e não deixar abrir-se o "Eu" - ainda que seja na mais pequena parcela da ambição - àquilo que é indispensável para por a girar a grande roda do Mundo, pelo que nos deve merecer toda o cuidado a participação dos actos das pessoas mais simples - muitas vezes julgados desprezíveis - quando sem elas as coisas grandes podiam não acontecer.

Pode não ser fácil nem rápido, porque há quem precise de mais tempo para mudar o "Eu" que cada um representa....mas vale a pena tentar!


Desfeho - Um poema de Miguel Torga




DESFECHO

Não tenho mais palavras.
Gastei-as a negar-te...
(Só a negar-te eu pude combater
O terror de te ver
Em toda a parte.)

Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado
E paciente...

E lutei, como luta um solitário
Quando alguém lhe perturba a solidão.
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.

Mas o tempo moeu na sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados,
mudos e malogrados,
Que apenas vão a par na teimosia.



Não deixa de ser intrigante esta poesia de Miguel Torga...
Começa por afirmar aquilo que apelida de "terror" de ver Deus em toda a parte, para na sua obstinação ter gasto as palavras de negação, mas vendo-O sempre,

Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado
E paciente...

Isto impressiona, vindo de quem vem, o que revela que Deus negado por Miguel Torga foi, apesar disso, uma companhia, e sendo assim, Ele foi ao longo da sua vida um fiel companheiro de jornada, o que acontece com muitos homens, só que nem todos têm a coragem e a honradez intelectual de o dizer, como teve este insigne Poeta transmontano.

E não deixa, efectivamente, de ser uma interrogação a parte final do poema, porque é ali que Miguel Torga - gastas as palavras - deixou de lhe fazer perguntas... mas quem sabe, se aquela mudez não teria sido interrogativa e a falar bem alto para dentro de si mesmo?

Como hoje a Igreja celebra Jesus Cristo na figura do Bom Pastor, o facto de Deus - fosse qual fosse o chão da caminhada - ter andado sempre com ele, prova que o grande Poeta apesar de ter sido uma ovelha desgarrada mereceu sempre a sua companhia porque até as ovelhas desgarradas pertencem ao redil divino.

Por esse motivo a sua alma nobre que tão bem retratou a Natureza telúrica da sua região natal - Obra de Deus - que o encantou debruçado no Miradouro de S- Leonardo de Galafura, ao tê-la exaltado em versos magistrais - sem o ter dito - por certo que houve entre o Criador e o retratista-Poeta, um encontro tal que na sua morte o Deus-Eterno recebeu em seus braços a ovelha desgarrada que existiu em Miguel Torga.

E isto, leva.nos a concluir que o "Desfecho" sendo o nome que ele deu à poesia em que por fim, declara a sua mudez perante a divina presença impertinente, só Deus é que sabe se ela não foi um grito de encontro e de aceitação da sua presença, porque nunca - como ele declara deixou de o acompanhar por todos os caminhos onde decorreu a sua vida, prova de que, cada homem é um mistério, tal como é, dentro dele a divina presença que ele chama no poema de  impertinente, e com razão, diga-se, porque o Bom Pastor, sendo-o de todos as ovelhas do seu rebanho torna-se impertinente até chamar a si a ovelha desgarrada.

Eis, porque, quando Miguel Torga diz:

                                          Mas o tempo moeu na sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados,
mudos e malogrados,
Que apenas vão a par na teimosia.

Leio a parte final deste introspectivo poema e porque sou um profundo admirador do grande Poeta, sinto que há nele,  redenção, por dizer que o tempo ao ter moído na sua mó - nas mil e uma voltas que ela deu - o joio amargo das palavras que ele disse a Deus, depois disso - como bons amigos - ambos resolveram seguir a par, embora mudos e malogrados, o que me deixa a pensar que estando tudo dito, na liberdade que o homem tem de escolher os seus companheiros, só caminha com ele - a par - quem ele quer, pelo que aquele Caminhante que ele sentiu caminhar ao pé dele, foi o Deus que nunca o abandonou e a quem ele retribuiu do mesmo modo.

Em tempos, ouvi um mestre que eu tive dizer: Deus é o galgo do homem.

Na altura aquela frase sou-me muito mal, mas lendo com atenção o poema "Desfecho", sinto que aquela frase é verdadeira, porquanto, Deus andou sempre - como um galgo - ora à frente, ora atrás de Miguel Torga, até ao ponto de caminhar a par com a ovelha desgarrada o que sugere que ela se sentia bem com a companhia do Pai Eterno, O qual, por razão acrescida, se alegrou, levando-a seu lado.

sábado, 25 de abril de 2015

A Tempestade - Um poema de Khalil Gibran




A TEMPESTADE


O Pássaro e o homem têm essências diferentes.
O homem vive à sombra de leis e tradições por ele inventadas;
o pássaro vive segundo a lei universal que faz girar os mundos.

Acreditar é uma coisa; viver conforme o que se acredita é outra.
Muitos falam como o mar, mas vivem como os pântanos.
Muitos levantam a cabeça acima dos montes,
porém sua alma jaz nas trevas das cavernas.

A civilização é uma arvore idosa e carcomida,
cujas flores são a cobiça e o engano e cujos frutos
são a infelicidade e a inquietação.

Deus criou os corpos para serem os templos das almas.
Devemos cuidar desses templos para que sejam
dignos da divindade que neles tem morada.

Procurei a solidão para fugir dos homens, de suas leis,
de suas tradições e de seu ruído.
Os endinheirados pensam que o sol e a lua e as estrelas
levantam-se dos seus cofres
e se deitam nos seus bolsos.

Os políticos enchem os olhos dos povos com poeira dourada
e seus ouvidos com falsas promessas.

Os sacerdotes aconselham os outros,
mas não aconselham a si mesmos,
e exigem dos outros o que não exigem de si mesmos.
Vã é a civilização. E tudo o que está nela é vão.
As descobertas e invenções não são mais que brinquedos,
com a mente se divertindo no seu tédio.

Cortar as distâncias, nivelar as montanhas,
vencer os mares,
tudo isso não passa de aparências enganadoras,
que não alimentam o coração nem elevam a alma.

Quanto a esses quebra-cabeças, chamados ciências e artes,
nada são senão cadeias douradas
com as quais os homens
acorrentam-se, deslumbrados com seu brilho e tilintar.

São os fios da tela que o homem tece
desde o inicio do tempo,
sem saber que, quando terminar sua obra,
terá construído a prisão
dentro da qual ficará preso.

Uma coisa só merece nosso amor
e nossa dedicação,
uma coisa só...

É o despertar de algo
no fundo dos fundos da alma.
Quem o sente,
não o pode expressar em palavras.
E quem não o sente,
não poderá nunca conhecê-lo por palavras.
Faço votos para que aprendas
a amar as tempestades
em vez de fugir delas.


Nesta longa poesia de Kahlil Gibran há, com efeito, uma tempestade que se pressente assobiar na alma do homem que não devia viver sem que, num dia qualquer fosse chamado a debruçar-se sobre o seu destino, porque ele não é um pássaro que vive na gravitação constante e universal da lei que rege o seu modo de viver, mas ao invés dele, é alguém que vive à sombra de leis e códigos que ele mesmo inventa para limitar a sua conduta ante os seus iguais.

Isto, contudo, se o limita perante as suas leis seculares - e se para as cumprir gera as suas próprias tempestades o Poeta deixa de parte uma lei especial - que também é criadora de tempestade - mas que o pode livrar de viver acorrentado às leis seculares, declarando claramente e de um modo profilático, o seguinte:

Deus criou os corpos para serem os templos das almas.
Devemos cuidar desses templos para que sejam
dignos da divindade que neles tem morada.

Quanto aos mais, tudo é vão: a civilização, as descobertas, o cortar das distâncias, o nivelar das montanhas e, até, vencer os mares, tudo o que o homem faça e venha a fazer, com o quebra-cabeças das ciências e artes que, quantas vezes, o que fazem é o deslumbramento de quem tais feitos produziu, para ele, a grande tempestade que é preciso fazer no mais recôndito do ser, resume-se a uma coisa só, e simples.

Viver fazendo dos corpos templos de almas e, assim, fazendo que eles despertem em si mesmos de algo que todos temos e vive com cada um de nós no fundo dos fundos da alma e que é um mistério tão grande  que quem o sente não o pode expressar por palavras a que ele acrescenta esta coisa sábia dentro de toda a sabedoria deste profundo poema: quem não o sente, não poderá nunca conhecê-o por palavras.

E termina, formulando votos para que o homem aprenda a amar as tempestades - da tal lei que rotula de divina o que quer dizer, que aquilo que ele pede para tornar os homens dignos da divindade que neles tem morada, exige que cada um viva e ame as suas próprias tempestades, que não ignora, mas com o fim de encontrar a paz em vez de fugir delas.

Kahlil Gigran é profundo em tudo quanto diz e aconselha.

Os homens é que, às vezes - vezes demais talvez - vivem à superfície do grande mistério que os envolve, e agem, julgando melhor fugir das tempestades da alma quando as deviam vencer, não fugindo da divindade que neles tem morada.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

IV Domingo de Páscoa - Domingo do Bom Pastor - Ano B - 26 de Abril de 2015



DOMINGO DO BOM PASTOR

Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.» (Jo 10, 11-18)




O ideal do Bom Pastor
de que nos fala a Palavra deste Domingo
foi ter dado a vida por todas as ovelhas
que lhe foram confiadas.

Foi com o sentido nessa Missão de Amor
que Ele subiu a ladeira do Calvário,
num sacrifício total por todos os homens,
mesmo por aqueles que O crucificaram,
sendo, embora, as ovelhas desgarradas
que não sendo do seu redil,
lhe pertenciam, como Ele nos diz!

Todos eram seus irmãos.
Ovelhas do seu rebanho!

Por isso, porque o ideal do Bom Pastor
foi o de amar todas as ovelhas
 - mesmo as ausentes -  amemos todos aqueles
que a partir do nosso Mundo hedonista
já se dispuseram a seguir o Caminho de Jesus
e todos aqueles que o querem seguir,
indo ao encontro do Bom Pastor que os atraiu
para se gastarem ao serviço dos outros,
colocando toda a carga da sua afectividade
sobre a Sua Pessoa e de todos quantos Ele ama,
constituídos, assim, por amor do Reino
nas primeiras testemunhas do Seu Corpo Místico.

Senhor Jesus Cristo:
Neste Domingo, há uma multidão imensa
das Tuas ovelhas que se propõem renovar
o compromisso de Te seguir,
na tentativa de recriarem nas suas vidas
o ideal do Bom Pastor que Tu és,
pela disponibilidade.
pelo amor gratuito que sabem, devem dar
na caridade de servir!

Por isso, meu Bom Pastor
e meu guia pelos caminhos do Mundo:
eu Te bendigo
pelo amor com que deste a tua Vida
pela minha!

Faz, eu Te peço, que eu ame todos aqueles
que servindo-Te, me ajudam a compreender
a razão de teres ficado para sempre
tão perto de mim, que Te vejo presente
em cada Eucaristia em cima do Altar da Palavra,
na procura de ires ao encontro da ovelha perdida
que tão sabiamente exaltaste na Parábola
que nos deixaste!

Senhor Jesus:
se entenderes que eu posso ser Teu aliado
na procura de encontrar ovelhas perdidas,
manda-me, que eu vou!


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lembrando S. Jorge


in, http://www.aleteia.org/


São Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Na hagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos Catorze santos auxiliares. Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
in, Wikipedia

A Igreja lembra S. Jorge, neste dia 23 e Abril este Santo sobre cuja memória recaem duas lendas fantásticas que contam a sua determinação em se bater contra forças, que sendo, aparentemente mais fortes que as suas, tal facto não o impediu de cheio do Espírito de Deus as ter desafiado e vencido, deixando-nos este exemplo para mostrar ao homem que com a força divina a empurrar a sua vontade, é sempre possível que este se possa superar a si mesmo.

Conta uma das lendas que em Silene, na Líbia existia um terrível dragão a quem os habitantes para acalmar a sua fúria sanguinária davam de comer duas ovelhas por dia, até que num certo dia, farto daquele repasto exigiu que lhe fosse dada a comer a filha única do rei da Líbia, algo de tão monstruoso que motivou o desafio de S. Jorge, que de lança em riste, e montado no seu cavalo, prometeu dar morte ao monstro com a condição dos habitantes da cidade se converterem ao cristianismo, o que veio a acontecer depois da sua vitória sobre o dragão.

Conta outra lenda - e esta bem perto de nós - que em S. Jorge, localidade perto de perto de Aljubarrota, onde ele no tempo em que desempenhava o cargo de oficial das tropas romanas esteve ali instalado com as tropas que tinha sob o seu comando. Acrescenta a lenda que quando era preciso dar de beber aos cavalos mandava os soldados até uma fonte que havia perto de um dos ribeiros locais,  onde costumava aparecer um dragão que deu em matar os cavalos, pelo que os soldados passaram a ter medo de ir àquele local, o que suscitou em S. Jorge o desejo de desafiar o monstro, tendo-o liquidado numa luta ali travada.

O que uma e outra lenda contam é a luta eterna do Bem contra as forças do Mal, tendo eleito S. Jorge, natural da cidade de Lida - como já foi dito - um dos seus mais fervorosos paladinos, o que nos faz recordar uma cena do Cap, 9, 32 dos Actos dos Apóstolos, onde  é dito que Pedro, que andava por toda a parte, desceu também até junto dos santos que habitavam em Lida, o que motiva esta conclusão:

Como é evidente - naquele tempo não havia Santos canonizados - pelo que os santos que S, Pedro ali foi procurar eram os homens bons dali naturais e que pela sua compostura se opunham às forças do mal, opondo-lhe a condição do bem.

S. Jorge que me seja permitida a ilação, certamente, teve por ascendentes - os santos que habitavam em Lida -  que S, Pedro procurou sem suspeitar que dos tais santos procurados por ele naquele dia que a Bíblia relata,  a Igreja foi ali buscar um antigo habitante daquela localidade para fazer dele um Santo - S. Jorge - precisamente, o que hoje lembra aos homens a cristandade.


"Meter o Rossio na Rua da Betesga"


Rua da Betesga liga a Praça da Figueira à Praça do Rossio
in, Arquivo Municipal da Câmara Municipal de Lisboa


Meter "o Rossio na Rua da Betesga" é um aforismo precioso da ciência popular que defende - como se sabe -  a ideia de a todo o custo ser possível meter algo grandioso naquilo que o senso comum sabe ser pequeno, fazendo, para tanto a comparação de se meter um espaço grande, como é o da Praça do Rossio numa das mais pequenas ruas de Lisboa.

Isto que tem um só sentido, pode ter duas variantes:

  • A glosa com todos os que prometem o impossível. Daí a imagem de se crer como crível a realização de uma ideia sustentada por palavras grandes... mas ditas com palavras carregadas de manha.
  • A glosa com todos os que prometem riqueza e bem estar próximo. Daí a imagem duma fartura que só existe nos que querem enganar os incautos.

Cuidado com a época que se avizinha a passos largos, ou seja, as próximas eleições legislativas para a eleição de deputados à Assembleia da República.

Não vão faltar os que nos vão dizer - que com eles - tudo vai ser possível, a começar por Mário Soares que já disse que se o PS ganhar as eleições não há mais greves... ou seja, palavras que parecem grandes, mas carregadas de manha.

Não acreditemos. 

Sobretudo, naqueles que - imitando o exemplo já referido - sem qualquer pejo nos venham dizer que daqui para a frente desde que tenham o poder tudo vai ser melhor, porque não vai, infelizmente, dado o problema económico que temos para resolver, não para a geração adulta presente, mas - o que é um crime que todos cometemos - deixando a sua solução para os nossos filhos e netos que nunca nos vão perdoar o desleixo em que vivemos.

Por isso "meter o Rossio na Rua da Betesga" se é sempre impossível... nesta altura, dizê-lo só pode ser uma afirmação de alarves e não de gente civilizada.

António Costa é um brincalhão!



http://economico.sapo.pt/


António Costa é um brincalhão...

Disse, hoje, que a "troika" ainda não acabou... afirmando - a rir sem nexo - que ela é representada, actualmente,  por Paulo Portas, Passos Coelho e por Cavaco Silva e que para acabar com a "troika" é preciso mudar de Governo...

Este senhor, efectivamente, perdeu a cabeça!

É que ele pode vir a ganhar as próxima eleições e, em consequência, mudar-se o Governo e tendo em conta  o seu brilhante raciocínio vão-se embora dois pilares da "troika".
Esqueceu-se, no entanto, que fica activo um pilar importante, chamado Cavaco Silva que tem tal poder, que vai precisar dele para ser empossado como Primeiro-Ministro, pelo que a sua afirmação é desbocada e só possível, porque para ele passou a valer tudo... até as palavras baixas.

António José Seguro era mais seguro. Não dizia coisas destas. 
Nunca o diria, mas há socialistas - como António Costa - que perecem ter o "mundo na mão"...

Emende a cartilha, caro compatriota e tenha mais respeito pelos seus adversários políticos que podem ser, para si uma "troika" ... mas se tal nome passou a existir em Portugal, foi porque o Governo de que fez parte chamou, nas estes que são tão portugueses como o senhor,  mas os estrangeiros que formaram a "troika" efectiva, que estiveram - para vergonha nossa - a pedido do seu partido, com nós todos de "calças na mão"...

Deixe-se de brincadeiras de mau gosto, que a política precisa de ser levada a sério e, como ela, todos os portugueses.

As "poções mágicas"...


Gravura publicada pelo Jornal "O Xuão" 
de 11 de Março de 1908


Por esta altura (1908) andavam os republicanos a vender aos incautos a "poção mágica", cujo lema era a da prosperidade - um "milagre" - que não acontecia porque Portugal era uma Monarquia e não uma República.

Hoje, nesta República secular, basta que se avizinhem eleições para que, de todos os lados apareçam "poções mágicas", com cada uma a proclamar que é melhor que a do vizinho, pela qualidade da "alquimia dos componentes políticos" que, mesmo com Portugal com o "nó na garganta", lhes acenam com paraísos de crescimento social, embora a tal "poção" não saiba bem como resolver a economia do crescimento, na esperança que esta, depois de ganhas as eleições... há-de acontecer... e, se não, logo se verá.

A mais recente "poção mágica" pertence ao Partido Socialista (PS) que, atacado de uma amnésia galopante, esqueceu a anterior "poção" de 2005 a 2011 que foi um engano prometido ao povo e um descalabro para as finanças do Estado.

Por isso, agora - esqueceu os "mágicos" internos - e à sorrelfa, apresentou outros, que nos dizem ser independentes... mas nós, só não rimos, porque perdemos a vontade.

É evidente, que vão aparecer outros "mágicos" por outras bandas... e como resultado mais umas tantas "poções mágicas" que nisto, desde a I República - com alguns intervalos - ficou-nos o gosto, não pela ciência de governar, mas governar "à vista", ou seja, "a la minute", como se Portugal fosse uma "cozinha" onde o "molho" - isto é - aquilo que dá paladar à vida digna de ser vivida - fosse preparado em cima da hora, ao invés do mesmo ser preparado com antecedência...

Mas tal não acontece porque há "mágicos" a mais e cientistas da "res-publica" a menos!

Que ninguém se zangue comigo, especialmente os que nem dormem, para nos darem as tais "poções mágicas"!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

"A fé não é poder"




Segunda-feira, 20 de abril: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o testemunho dos mártires ajuda-nos a não cair na tentação de transformar a fé em poder.

Comentando o Evangelho do dia, no qual a multidão circunda Jesus após a multiplicação dos pães e dos peixes, não tanto “por admiração religiosa que te leva a adorar Deus ”mas“ por interesse material”, o Papa Francisco observou que na fé há o risco de não se compreender a verdadeira missão do Senhor: isto acontece quando se aproveita de Jesus, deslizando para o poder.

O Santo Padre recordou que mesmo entre os que seguiam Jesus e entre os apóstolos, como os filhos de Zebedeu, havia quem quisesse ter poder. E assim, para esses, a unção de levar o alegre anúncio, como que se transforma em algo escuro, algo ligado ao poder.
O Papa Francisco afirmou que sempre existiu e existe para todos nós esta tentação do poder, a tentação de passar da admiração e do assombro religioso para a hipocrisia e o poder mundano. E o Senhor alerta-nos para esta tentação dando-nos o testemunho dos santos e dos mártires – sublinhou o Santo Padre:

“O Senhor desperta-nos com o testemunho dos santos, com o testemunho dos mártires, que todos os dias nos anunciam que a missão é caminhar no caminho de Jesus: anunciar o ano da graça.”
O Papa concluiu a homilia pedindo a Deus que nos ajude a não cair no espírito da mundanidade e a acolhermos a graça do encontro com o Senhor. (RS)

in, "Rádio Vaticano"



Os "cantos ao fado" do PS


Gravura publicada pelo Jornal "O Zé" de 14 de Maio de 1912


Nesta altura (1912) a I República entretinha-se a entoar "cantos ao fado" a um povo adormecido e embasbacado que por ter acreditado nos republicanos que tão má conta deram de, em cima de um assassinato político, terem "assassinado" o crescimento da Economia, entregando Portugal a uma sucessão de Governos inglórios até 1926.


Em 2015, o que resta da I República - acantonada no Partido Socialista - tendo em conta as directivas apresentadas no documento "Uma década para Portugal" devidamente encomendado a outrem, prova que os seus economistas se puseram de lado, ou assim foram postos de propósito.

O referido documento foi apresentado no passado dia 21 de Abril de 2015. e pelos vistos não agrada a ninguém, que não seja a eles mesmos, que se vão contorcendo para o defender com os "cantos ao fado" da I República.

O que prometem?

Tudo de bom, nem merece a pena perder tempo... mas como diz o povo, quando a esmola é grande o pobre desconfia... e, pelos vistos este documento foi para apalpar o terreno, porque em 6 de Junho é que vem o definitivo...

Cá estamos para ver... mas por favor, os "cantos de sereia" do PS precisam, efectivamente de ser ouvidos, porque até aqui não haviam chegado às margens do mar onde se desenrola a vida concreta dos portugueses, mas agora chegaram... mas chegaram nos sons do costume, ou seja, a encher a boca com o povo...

Cautela e caldos de galinha não fazem mal, pelo a simpatia do PS pelo aumento da despesa pública e, ao mesmo tempo, descer a receita com menos impostos e contribuição para a Segurança Social, é um "canto ao fado" pois não é por aqui que se vai reduzir o défice e, sobretudo, não é por aqui que se vai respeitar o tratado a que estamos obrigados e onde não é permitido falhar.

Ou o PS já se esqueceu que assinou o Tratado Orçamental?
Por isso, chega de "cantos ao fado"!