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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"Foi um erro"! - disse Catarina...


Pois foi, Catarina Martins!
O cartaz de brincadeira de mau gosto que ofendia gratuitamente os católicos portugueses, foi um erro, só tendo passado sem consequências graves, porque os portugueses que professam a Lei de Jesus são respeitadores das liberdades sem fronteiras de qualquer ideologia política, na linha da Fé pregada por Aquele Homem Divino - tão maltratado no malfadado cartaz - que mal viu a luz do dia... porque a não merecia ver!

Penso, aliás, que foi por saber que o povo cristão católico é assim, que Catarina se atreveu, mas indevidamente, a cometer tal ofensa que não deve repetir, porque a religião - seja ela qual seja - tem de ser respeitada... e que se não dá ao respeito não o merecer ser. como diz o povo... mesmo aquela porção do povo que alinha com Catarina.

Assentemos nisto:

O Espírito de Jesus Cristo, que há-de viver eternamente, por certo já desculpou o erro, fazendo com Catarina o que Ele fez no seu tempo, ao ter desculpado as seitas que se lhe opuseram e O mataram...  e foram muitas, a saber:

  • Os publicanos - uma classe que era imposta aos judeus pelo domínio da Roma Imperial, cujo fim último era a de cobrarem impostos segundo a cara do freguês... recebendo de Roma, tanto mais, quantos mais eram os impostos que chegavam ao tesouro romano
  • Os Escribas - uma classe que já vinha do Antigo Testamento, mas que no tempo de Jesus se acolitaram com os Fariseus e Saduceus e a si mesmo se chamavam "doutores da lei", dedicando-se ao ensino da lei antiga, obsoleta a que Jesus se opôs.
  • Os Zelotes - uma classe que a todos o custo não queria abandonar o culto da lei de Moisés, para cujo cumprimento, se fosse preciso empunham o poder da espada, ou seja, contra tudo aquilo que Jesus queria, fosse antendido.
  • Os Herodianos - uma classe política que fingindo de religiosa, admitindo o rompimento com a lei de Moisés, mas sendo fiéis à memória de Herodes-o-Grande tinham como missão a construção de templos idólatras de exaltação aos romanos e aos seus Imperadores, tendo como aliados os fariseus por oposição a Jesus Cristo.
  • Os Fariseus - .uma classe dita religiosa pelo cumprimento fidelíssimo à lei de Moisés, oral e escrita, obrigavam que fosse cumprida, enquanto eles se dispensavam de o fazer, gozando no tempo de Jesus Cristo um grande predomínio sobre o povo e contra os quais Jesus se fez o seu opositor maior, responsabilizando os seus seguidores por crimes cometidos contra o povo de injustiças e hipocrisias.
  •  Os Samaritanos - Uma classe divisionista, que foi no tempo de Jesus a mais odiada pelos judeus, sobretudo pela divisão religiosa que queriam impor através da construção de um Templo rival ao de Jerusalém, no monte Garizim.
  • Os Saduceus - uma classe de membros ricos e influentes pelo poder económico. Mais políticos que religiosos, eram conceituados pelo poder romano, sendo considerados no tempo de Jesus "os livres pensadores", interpretando a lei a seu modo.

Relata-se tudo isto para dizer a Catarina Martins e aos seus seguidores que JESUS, que efectivamente, era Filho de Deus e adoptivamente, de S. José, tendo sofrido ataques de toda estas seitas do seu tempo, a ponto de o terem crucificado, do alto da Cruz, num último suspiro pediu que Deus lhes perdoasse - pois eles não sabiam o que faziam - pelo que, o mesmo Espírito de Jesus Cristo já esqueceu o malefício do cartaz que O tentou achincalhar, sobretudo, porque ao contrário das seitas com quem Jesus teve de viver, opondo-se a todas elas e sem que nenhuma tivesse, segundo se sabe - pedido desculpa do mal que lhe fizeram - Catarina Martins já admitiu o seu erro.

Fez bem.

Esta vela que sou!




ESTA VELA QUE SOU!


A minha vela enfunou!

Subiu o rio da vida
Às vezes contra a maré!
E de lá por onde andou
Da dura luta vivida
Trouxe a vitória da fé!

A minha vela enfunou!

Teve ventos de feição
E a rota que lhe dei.
Mas tudo quanto guardou
Cabe na concha da mão...
E tão rico que eu fiquei!

A minha vela enfunou!

Com ela singrei direito
Levei serena a barcaça.
A minha vela cantou
Coisas que eu mesmo compus
E dei a todos de graça!

A minha vela dobrou!

Já desce o rio da vida
Numa serena maré.
Mas como ainda aqui estou
Olho de frente esta lida
Pois quero morrer de pé!
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De um livro a publicar sob o nome:
VELA AO VENTO


domingo, 28 de fevereiro de 2016

O Maltrapilho



O MALTRAPILHO


Bateram de rijo à porta...
Era um homem quebrado
De vestuário roto e sujo.
E de cabelo caído
E emaranhado...
Com barba de dias
E com ar cansado...
Mas no olhar vivo
Havia um carvão aceso!

As mãos enclavinhadas
De dedos esguios
Seguravam com amor
Uma tela onde se viam rios
E campos em flor!

- Sou um pintor...

Era um artista
Que queria vender
O que trazia à vista!

E num gesto largo
Como se quisesse
Abraçar um amigo
Mostrou um quadro
Onde ondulava, manso,
Um mar de trigo...
O artista não tinha nome
Mas teve dignidade
Naquela postura...

E tinha, senti,
Muita fome
Daquele pão ondulante
Que havia na pintura!
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De um livro a publicar sor o nome: 
VELA AO VENTO

A figueira estéril do Evangelho deste Domingo - 28 de Fevereiro de 2016


Leitura do Evangelho segundo São Lucas (13, 1-9) do III Domingo da Quaresma 
28 de Fevereiro de 2016

Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».



Neste III Domingo da Quaresma a Igreja lembrou pela pena do Evangelista São Lucas a Parábola da Figueira Estéril, toda ela foi dirigida pela pregação de Jesus ao povo judeu, que apesar da espera que lhe foi concedida por Deus, relativamente ao Messias esperado não deu frutos.de conversão à Boa Nova.

É uma parábola expedita.

Breve, concisa e muito ao jeito – corrente no ensinamento do Mestre – de dizer Verdades alinhadas com comparações da terra e da arte do seu cultivo como acontecia com o uso pelestiniense de se plantarem figueiras no meio das vinhas.
Um pormenor que Jesus não deixou escapar.

Na sua pregação havia dois pontos fundamentais: conversão e penitência, sendo que neste caso Jesus apresentando a conversão como uma necessidade absoluta, dá tempo para que tal aconteça e, por isso, o encarregado da vinha não esteve de acordo com o proprietário que numa ânsia dendroclasta queria a todo o custo cortar a figueira, há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro; corta-a, para que ocupa ela ainda a terra inutilmente?
Magnânimo, Deus não esteve de acordo.

Era preciso dar algum tempo.

A conversão é um processo interior que necessita tanto dele como a figueira que de estéril que era se lhe cavassem derredor e lhe deitassem estrume, poderia muito bem renascer interiormente e voltar a dar frutos sazonados.
Jesus tinha presente, neste passo, o que se diz de Deus no Livro da Sabedoria: Vós, porém, de todos vos compadeceis, pois sois todo-poderoso, e fazeis vista grossa aos pecados dos homens para os converter (...)  

Jesus fez o mesmo, ante a figueira estéril, imagem de um povo rude que tudo fazia para passar ao lado daquilo que lhe era anunciado sobre o Reino de Deus, que tivera a complacência de o escolher para nele anunciar a Boa Nova aos homens.
Era mais uma chamada e uma admoestação ao povo hebreu sobre a penitência que era preciso fazer em ordem à sua conversão, na certeza que tinha de ninguém escapar ao juízo de Deus, no dia final.

É para ele que se dirige Jesus, chamando a atenção para o abuso que era feito da Sua paciência, pois já havia já três anos que procurava fruto naquela figueira – a imagem do povo hebreu - e não o encontrava.

Esta lição é universal.
E dela devemos tirar todo o proveito.
O povo hebreu pode ser um de nós.
Mas Deus espera.

Faz vista grossa aos pecados dos homens para os converter!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

No circo da vida...


Para os idólatras do nosso tempo!


in "O Astrolábio" de 21 de Fevereiro de 2016


A Comunidade foi fundada em 1940 pelo Irmão Roger, que permaneceu como seu Prior até à sua morte em 16 de agosto de 2005, e é dedicada à reconciliação. A comunidade ecuménica é constituída por mais de cem homens de várias nacionalidades, representando ramos Protestantes e Católicos da Cristandade. 
                                in, Wikipédia
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A belíssima imagem da tenda  em forma de livro que ostenta no lado principal a Cruz ecuménica devia servir para todos os idólatras do nosso tempo e ser o sinal do respeito que devem merecer todas as religiões que fazem da Cruz o estandarte maior da ligação, e do respeito pelo outro, tal como ensinou no Gólgota o Grande Sacrificado, que na Solidariedade e Amor pretendeu unir todos os homens e todos os povos.

Taizé, pequena aldeia da Borgonha, a norte de Lyon, em França, pela atitude que que lhe foi imprimida pelo seu fundador bem podia ser nas cabeças iconoclastas dos que alinham pelos que, sem respeito pelas crenças dos outros - religiosas ou políticas - a todo o custo e sem qualquer pejo, esquecidos do que aconteceu recentemente como o jornal satírico francês "Charlie Hebdo", querem impor os seus ideais, pondo a ridículo, de acordo com o sentido que eles têm dessa palavra, aquilo que devia ser intocável, sobretudo tudo quanto se prende com aspectos religiosos.

Eles deviam saber que todo o ser é, pela sua natureza, um animal religioso, como o definiu filosoficamente, Edmund Burke, na linha de São Tomás de Aquino: "O fim deve ser previamente conhecido pelos homens, que para ele têm de ordenar as intenções e actos. De sorte que, para a salvação do homem, foi preciso, por divina revelação, tomarem-se-lhe conhecidas certas verdades superiores à razão".

Ao lembrar, hoje, a comunidade de Taizé e o que nela existe de mais profundo e belo na linha humana e espiritual, é que não vale a pena aos idólatras do nosso tempo andarem a brincar com as coisas sagradas, porque estas, pela sua natureza não morrem, porque são eternas e, por favor, pensem no Irmão Roger da Comunidade de Taizé, que a intemperança e o desvario ideológico de uma mulher transviada assassinou.

"As alegrias do sábio" do Livro da Sabedoria


O Livro da Sabedoria  ou da Sabedoria de Salomão é atribuído a este rei de Israel que reinou em Jerusalém no século X a. C., embora haja quem o situe como pertença de um sábio da Escola de Alexandria que o escreveu no século I a. C., com origem naquele centro político e cultural grego, em que o autor centrando-se na filosofia, costumes  e cultos religiosos que não raro constituíam hostilidades à cultura do povo judaico que habitava no Egipto, se serviu das Escrituras para o escrever.

      As alegrias do sábio

Feliz o homem que encontrou a sabedoria
e adquiriu a inteligência,
porque a sua conquista vale mais que a prata,
e o seu lucro é melhor que o ouro fino.
Ela é mais preciosa do que as pé­rolas
e nada do que possas desejar lhe será igual.
Na mão direita sustenta uma longa vida,
e na esquerda, riquezas e glória.
Os seus caminhos são deliciosos
e são tranquilas todas as suas veredas.
É árvore da Vida para aqueles que a alcançam;
felizes daqueles que a possuírem.
O Senhor fundou a terra com sa­bedoria
e ordenou os céus com inteli­gên­cia.
Pelo seu saber foram abertos os abismos,
e as nuvens destilam o orvalho.
Meu filho, guarda a ponderação e a prudência,
não as percas de vista.
Elas serão a vida da tua alma
e um adorno para o teu peito.
Então, percorrerás com segu­rança o teu caminho,
e os teus pés não tropeçarão.
Quando te deitares, não terás medo;
repousarás e o teu sono será agra­dável.
Não recearás o terror impre­visto,
nem a ruína reservada aos ím­pios.
Pois o Senhor estará ao teu lado
e defenderá o teu pé da arma­dilha.
Livro da Sabedoria (3, 13-26)
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O autor - fosse quem fosse - tinha a consciência histórica do povo a que pertencia e escreveu um Livro notabilíssimo que procurou a todos os títulos reforçar a fé e activar a esperança, relembrando a história dos seus avoengos, tentando e tendo conseguido com a experiência oral dos antepassados ensinar a verdadeira sabedoria tendente ao fruir de uma vida justa e de felicidade através do pensamento e da sabedoria herdada do Deus da História dos homens.

Teve como fim a oposição à idolatria e a um modo de vida que no tempo - como hoje acontece - nasce sempre daquele modo de viver a vida, tendo-se ficado a dever ao "Livro da Sabedoria" o ter guiado o Povo de Deus, pela demonstração que a sabedoria, se é um esforço do homem para aperfeiçoar o seu pensamento é antes de tudo, um dom que Deus dá de graça a qualquer homem.

Neste tempo frívolo por demais em que se vive em muitos quadrantes humanos, de costas voltadas para Deus, o "Livro da Sabedoria" de que se extraiu um pequeno excerto, devia ser um modo de leitura no qual, bem pesado o tempo em que foi escrito e para quem o foi, ele devesse continuar a ser, no século XXI, útil em muitos aspectos, assim o homem aprendesse a ter menos sabedoria das coisas rasteiras e mais das que o deviam levar a entender o que de cima, conduz o seu destino.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

"A caridade nunca mais terá fim"

http://pt.radiovaticana.va/ (de 26 de Fevereiro de 2016)

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"A caridade nunca mais terá fim" - e não terá - porque a caridade tal como Jesus a inculcou na mente dos homens do seu tempo, a começar pelo pequeno grupo apostólico que lhe seguiu as pegadas, conforme lembrou o Papa nesta sexta-feira, é o primeiro e maior dos mandamentos, que exige ter pelo outro o respeito e o amor que cada criatura deve a si mesma, pelo facto de existir como ser que deve integrar o sentido gregário da Humanidade.

"A caridade nunca mais terá fim", porque ela representa o lado bom, seja de cada indivíduo, colectividade ou Nação.

Foi desse lado bom que partiu, há séculos, o pensamento de S. Tomás de Aquino, que ao retomar a doutrinação evangélica, admitiu como uma evidência que em cada um vive um ser igual, a quem se deve a caridade da estima e da consideração mútua e, por isso, ela viverá eternamente, furando os séculos dos séculos.

Neste "Ano da Misericórdia" esta palavra ganha contornos que a guindam a ser, possivelmente - porque se trata de amar o outro como a nós mesmos - uma aura que devia fazer dela o guião diário de todas as atitudes e, até, mesmo antes de ensinar o outro de doutrinas escolásticas, melhor será que ele veja naquilo que se faz a melhor das doutrinas se não nos esquecermos de Séneca, que na sua muito sabedoria disse que o exemplo convence mais do que as palavras.

Por isso, não falemos demais... amemos mais!

A falar, um dia...


Está contente, Sr. António Costa?


http://www.sapo.pt/(de 26 de Fevereiro de 2016)
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Ao contrário do que criticou António Costa, recentemente, em relação ao Governado do Banco de Portugal, denegrindo a sua imagem, só não o podendo demitir porque não pode - o seu poder não chega para tanto - a "Comissão Europeia Defende Acção do Banco de Portugal no Banif e no Novo Banco" e diz muito mais, que:

  • Bruxelas critica a "inversão parcial" da privatização da TAP.
  • Bruxelas duvida da estabilidade política em Portugal e capacidade de cumprir contas.
  • Bruxelas diz que eventual falta de acordo político pode comprometer metas do défice.

Está contente, Sr. António Costa?

Diz o povo - e o povo sabe o que diz - que de ilusões também se vive... só que as ilusões de António Costa, queira Deus, não venham a ser as desilusões dos que jogam na sombra, esquecendo as claridades que sempre acontecem, quando estas se podem e devem procurar, e só não as procuram os que gostam de jogar à meia-luz, ou até, na sombra total!
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http://24.sapo.pt/(de 26 de Fevereiro de 2016)

Pense bem, Sr. António Costa! 
Ou eu me engano muito ou Portugal, arranjou mais "um molho de bróculos"!

Diz fonte autorizada lê-se, que "Dívida pública pode ficar "fora de controle" com choques adversos, avisa Bruxelas"...
Pois bem.
É chegado o tempo, com o apoio da esquerda radical, António Costa bater o pé a Bruxelas... penso que por outras palavras ouvi-lhe dizer isto... ou estou enganado?

Por que será que Bruxelas embirra com Portugal, a quem foi prometido "virar a página da austeridade"? - perdão, agora diz-se - restrição -  mas que quer dizer o mesmo no atabalhoado léxico do Partido Socialista.

Não liguem... mas não esqueçam!


A propósito do cartaz do Bloco de Esquerda que afirma "Que Jesus também tinha 2 pais" não liguem... mas não esqueçam como foi possível a estas cabeças tontas igualar Deus e S. José, a um par de homossexuais.

Mas... não liguem.

O que o BE quer é ser notícia... ma sê-lo por esta razão é um abuso de gente que não merece qualquer atenção, porquanto, querem andar nas bocas do mundo, deste "mundo cão" que cria coisas destas e insinua em pessoas assim dislates destes que hão-de passar... como eles também hão-de passar ... e como há-de passar o Sr. António Costa que se aliou a gente desta para conquistar o Poder... tal como eu, na roda do tempo, hei-de passar

Pois, tudo passa... até a falta de respeito pelas Figuras Sagradas que estas tristes figuras cometeram.

A liberdade de expressão foi uma grande conquista, mas não foi para isto que eu - e tantos portugueses do meu tempo -  andamos na campanha de Humberto Delgado.
Não. Não foi para isto.
Foi por uma causa mais nobre, em que a liberdade - jóia preciosa - não fosse tão achincalhada.

Mas... não liguem.
O que o BE quer é protagonismo.
Esqueçam. 
Façam esse favor à colectividade... mas, por favor, não esqueçam António Costa e o aliado que ele arranjou, que põe a par Deus e S.José, brincando com coisas sérias, arrogando-se ao uso de uma "liberdade" que só existe nas suas cabeças tresloucadas!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Os santos sem altar!

DESCARGA DO PEIXE NO PORTO
Gravura publicada pela Revista"Ilustração Popular"
(de periodicidade semanal este apontamento gráfico pertence ao nº 10 do ano de 1866)


Não foi em vão que escolhi este separador floral.
São rosas que atiro, com todo o amor que posso, ao povo trabalhador de Portugal, inspirado pela antiga gravura que sob o título "Descarga do peixe no Porto" me levou até à velha Ribeira, onde pescadores e as vendedeiras do peixe negociavam a pesca entre os degraus da muralha que davam acesso aos cais, numa lota improvisada, que se perdeu no tempo.

Sinto que vivo, hoje, de algumas lembranças que, pela graça de Deus continuam a acalentar a minha curiosidade de ir ao velho acerbo das minhas riquezas guardadas - como este número da "Ilustração Portuguesa" de onde capturei esta bela imagem para a dar a quem tiver o trabalho de ler o meu "blogue" e com o prazer que sinto em a divulgar por este meio, numa sentida homenagem àquele povo de antanho, onde houve santos sem altar, mas homens e mulheres que no tempo difícil da Monarquia Constitucional conseguiram que Portugal fosse transmitido, íntegro, aos vindouros.

Honra e glória para esses santos sem altar, seja para os que se foram embora, como os do nosso tempo, que há muitos por aí, ignorados do Poder, mas são um poder maior que o instituído, porque são eles que continuam com as amarguras do presente - na continuação das antigas - a manter viva a chama do Portugal antigo.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Uma roda se girar suspensa...



"Amor não é Filosofia"


Amor não é filosofia.

É exercício de vida,
É construção quotidiana,
Semeadura e colheita,
Resignação e atitude.
Permanente doação.

Amor não é filosofia.

Amor é dividir multiplicando,
Acolher o alheio em nosso íntimo...
Amor é labor,
É como regar as flores...
Semear a messe...
Colher as rosas...

Amor não é filosofia.

É química agindo...
Física aplicada...
Matemática dos seres,
Linguagem de beijos,
Geografia de corpos,
História de vidas.

Amor não é filosofia.

É vida conjugada,
Experiência dividida,
Prazer multiplicado.
(Amor nem sempre é riso
Mas, também, nem sempre é dor.)

Amor é o divino no humano,
O infinito no efémero.
Amor é a iniciação à eternidade.
Ilumine-se:
Exercite o amor todos os dias.

Autor Desconhecido

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Eu tiro o meu chapéu a este "Autor Desconhecido" que tão sabiamente nos veio dizer que "Amor não é Filosofia", que em si mesma, para além do conhecer, tem como ideário uma atitude que nasce da própria natureza do indivíduo relativamente ao Mundo que o cerca e a ele mesmo no seu contacto na focagem que o obriga a pensar nas questões do existir, e na análise natural dentro do racionalismo sobre o modo comportamental da compreensão do ser.

É isto, mais ou menos o que nos dizem as sebentas académicas, mas o "Autor Desconhecido" fala fora de qualquer academismo.

Diz-nos, com veemência, que "Amor não é Filosofia", e o que ele quer transmitir é que, esta sua asserção não é uma ideia que vogue num espaço alado, mas antes, o "Amor" de que ele nos fala é, como ele diz no primeiro verso um exercício de vida, que tende a dar ao indivíduo uma educação racional alicerçada nos princípios da sabedoria das ideias e atitudes que em cada dia caminham a par da semeadura e da colheita do amor singular que ao dividir não se apouca, mas multiplica, na tal experiência dividida de que o "Autor Desconhecido" não deixa de referir.

"Amor não é Filosofia" porque é o divino no humano e tudo o que vai buscar ao divino a ciência da vida não se funda em filosofias, mas em Verdades tão grandes que o infinito existe no efémero, sem que este efémero não deixe de ser em cada criatura a iniciação à eternidade... e é por isto que o "Amor não é Filosofia" mas um meio de nos aproximar do outro - amando-o - que é, afinal, onde se pode conquistar o infinito no efémero, ou seja, deixar de si mesmo, cada um, no tempo efémero em que dura a vida um rasto de uma presença de tal modo vivida, que ela  por si mesma, se projecta no infinito existencial na lembrança dos vivos e na solicitude de Deus que nunca se ausenta da sua criatura.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

Uma memória de Vitorino Nemésio



Passou, ontem, dia 20 de Fevereiro de 1978, despercebidamente, a data do falecimento de um dos maiores vultos da Literatura Portuguesa e do Academismo nacionais do século XX, Vitorino Nemésio, que foi um brilhante Poeta, Escritor e Professor Universitário.

De seu nome completo Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva, nasceu na Praia da Vitória (Açores) em 19 de Dezembro de 1901, tendo falecido em Lisboa, mas sepultado no Cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra, sua terra adoptiva.

Foi laureado em 1944 com o prémio Ricardo Malheiros, com o romance: MAU TEMPO NO CANAL.

Poesia
O Bicho Harmonioso (1938)
Eu, Comovido a Oeste (1940)
Nem Toda a Noite a Vida (1953)
O Verbo e a Morte (1959)
Canto de Véspera (1966)
Sapateia Açoriana, Andamento Holandês e Outros Poemas (1976)
Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga (2003) - póstumo

Ficção
Paço do Milhafre (1924)
Varanda de Pilatos (1926)
Mau Tempo no Canal (1944),
Quatro prisões debaixo de armas (1971)

Ensaio e Crítica
Sob os Signos de Agora (1932)
A Mocidade de Herculano (1934)
Relações Francesas do Romantismo Português (1936)
Ondas Médias (1945)
Conhecimento de Poesia (1958)

Crónica
O Segredo de Ouro Preto (1954)
Corsário das Ilhas (1956)
Jornal do Observador (1974).

Pequeno retrato é este para o grande homem que ele foi e que a Cultura Portuguesa, que o devia lembrar e o deixou esquecido nesta data, lamentavelmente, porque o Ministério da Cultura que temos, hoje como sempre temos tido, nunca existiu que não fosse no papel e para dar lugar e prebendas aos correlegionários políticos.

Naturalmente, os homens e mulheres da minha geração todos se lembram do seu programa radiofónico: SE BEM ME LEMBRO..., radiodifundido pela RTP entre os anos de 1969 a 1975, no qual abriu as fronteiras do seu vasto conhecimento para quem teve a felicidade de ouvir o comunicador por excelência que ele foi-

Durante meia-hora, em horário nobre, ele foi um apaixonado da palavra que o tornou popular entre os ouvintes, tendo deixado com a sua morte um vazio que se prolonga até ao tempo de hoje.

E se os partidos políticos fossem obrigados a pagar IMI?


Os partidos com assento parlamentar segundo o Relatório de Contas do Tribunal Constitucional relativo a 2014, têm os seguintes valores patrimoniais:

  • O PCP tem um património de 12,3 milhões de euros
  • O PS tem um património de 7,2 milhões de euros
  • O PSD tem um património de 5,9 milhões de euros
  • O BE tem um património de cerca de 1,4 milhões de euros.
  • O CDS tem um património de cerca de 574 mil euros
http://observador.pt/ (de 5 de Junho de 2015)

Pasme-se que o partido mais rico é o PCP!
Será por ser o mais antigo?

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A lei, efectivamente, permite que os partidos políticos não paguem o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), pelo que o Estado, todos os anos se vê incapacitado de auferir quaisquer rendimentos destas propriedades, mas quando impõe esta obrigatoriedade aos particulares - sem perdão algum - comete um acto discriminatório que vai sendo tempo de ser corrigido, até porque os partidos políticos recebem subvenções do Estado em cada campanha eleitoral

É e facto, bem conhecido que o Decreto-Lei nº 595 de 7 de Novembro de 1974 no Preâmbulo afirma que "os partidos beneficiarão de isenções fiscais" se estes representarem "efectivamente uma realidade do ponto de vista eleitoral", um facto que não desmente qualquer dos partidos políticos acima referidos.

A lei tem os anos desta República.
Mas não se entende que passados tantos anos, continue válida.

  • E se os partidos fossem obrigados a pagar o IMI?
  • Não seria justo?
  • Porque será que os deputados ainda não alteraram esta lei?
  • Interessa-lhes, não e?
  • Pois é... mas, bem  prega Frei Tomás: olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço!

Mas uma coisa é certa: enquanto o dever e a moral cívica não vier de cima, a cultura nacional, nestes aspectos, vai continuar a ser uma enjeitada, desrespeitada e imoral, enquanto os deputados da Nação - aqueles quer o povo escolhe - não puserem a direito esta lei torta, nascida no desvario de um tempo que devia ter posto as coisas mais a direito.

Salmo 26 (27) - II Domingo da Quaresma - 21 de Fevereiro de 2016 - Ano C



Salmo  26 (27)

I

1 -O SENHOR é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O SENHOR é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?

2 Quando os malvados avançam contra mim, para me devorar,
são eles, meus opressores e inimigos, que resvalam e caem.

3 Ainda que um exército me cerque,
o meu coração não temerá.
Mesmo que me declarem guerra,
ainda assim terei confiança.

4 Uma só coisa peço ao SENHOR
e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.

5 No dia da adversidade, Ele me abrigará na sua cabana;
há-de esconder-me no interior da sua tenda
e colocar-me no alto de um rochedo.

6 Agora, Ele ergue a minha cabeça
acima dos inimigos que me rodeiam.
Oferecerei sacrifícios de louvor no seu santuário,
cantarei e entoarei hinos ao SENHOR.

II

7 Ouve, SENHOR, a voz da minha súplica,
tem compaixão de mim e responde-me.
8 O meu coração murmura por ti,
os meus olhos te procuram;
é a tua face que eu procuro, SENHOR.

9 Não desvies de mim o teu rosto,
nem afastes, com ira, o teu servo.
Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones,
ó Deus, meu salvador!

10 Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem,
o SENHOR há-de acolher-me.

11 Ensina-me, SENHOR, o teu caminho,
guia-me por sendas direitas,
por causa dos que me perseguem.

12 Não me entregues à mercê dos meus inimigos,
pois contra mim se levantaram testemunhas falsas,
que sussurram violência.

13 Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.
14 Confia no SENHOR!
Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!

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De acordo com os exegetas, cujo labor entre outros, os leva a estudar o sentido profético do Livro dos Salmos, esta composição poética está dividida em duas partes. 
Na primeira é uma oração de confiança da vida de alguém que chama a Deus luz e salvação, por ter obtido d'Ele protecção ao ver-se assaltado pelos seus opositores, enquanto na segunda parte o salmista canta um momento da sua experiência pessoal, exaltando uma prece para que Deus em toda a sua grandeza lhe mostre o rosto e se não afaste dele.

Nem sempre dedicamos aos Salmos a atenção que eles deviam merecer e, no entanto, eles foram - e sê-lo-ão por toda a Eternidade - hinos de louvor cantados a Deus, razão que ainda hoje, são cantados no Ofício da Liturgia para manter viva a velha tradição do canto que era elevado à Divindade.