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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Em Portugal aboliu-se a Bíblia em actos de investiduras de Primeiros-Ministros... mas em Espanha, não!

http://www.abc.es/ de 31 de Outubro de 2016
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O Juramento de Mariano Rajoy de investidura como Presidente do Governo Espanhol sobre um exemplar da Bíblia e um outro da Constituição Espanhola, fez-me vir à lembrança o que tenho dito: Em Espanha jogou-se a Democracia para levar ao poder o Partido que ganhou as eleições e jogou-se uma outra tradição: a do juramento sobre dois Livros: A BÍBLIA SAGRADA e o da Lei Fundamental do País.

E mais uma vez o exemplo veio de Espanha, de onde, costumam dizer os portugueses e com razão histórica - de Espanha nem bom vento nem bom casamento - só que tudo isso reverte para um tempo passado e temos de olhar o presente e dizer que de Espanha sopram ventos democráticos de casamentos possíveis para salvar a Nação, depois de vencida uma teimosia do PSOE, que eu não tenho o direito de condenar, sem que tal me leve a dizer que a humildade que por fim venceu e foi a prova que este atributo cristão tem todo o cabimento na esfera política.

Lamento que em Portugal nada disso tenha acontecido tendo em conta - como é sabido - as últimas eleições, cujo desiderato final foi um atropelo à tradição, pelo que vale a pena recordar o que diz a Bíblia na página do Livro dos Números, Cap. 30, versículo 3 - quanto ao voto e juramento - Quando um homem fizer um voto ao SENHOR ou fizer um juramento, impondo a si mesmo um compromisso, não faltará à sua palavra; faça tudo aquilo que disse, pelo que, ao saber que em Espanha o juramento de Mariano Rajoy foi feito com o Livro dos Números aberto nesta página, me contento - não só por ser cristão romano - mas por sentir que juntar o compromisso de respeitar a Constituição a este preceito divino é, uma prova de maioridade.

Em Portugal aboliu-se a Bíblia nestes actos, como se o LIVRO mais vendido da Humanidade tivesse peçonha e não devesse figurar em cerimónias como esta, em que o futuro de um povo fica dependente apenas da acção do homem e, onde, a parte divina se esconde, quando é dela que o homem consciente investido na dura tarefa de governar um povo depende em muitos momentos, se não imperasse entre nós o absolutismo da razão humana, que é uma forma despótica de impor vontades falhas, muitas vezes, da consulta espiritual que deve informar toda a acção do homem, seja ela qual seja.

Por cá a Maçonaria tem muita força... força demais, com a agravante de viver escondida sem que, no entanto, consiga continuar a impor a sua "lei", a fazer lembrar o tempo tenebroso da I República onde imperou a desordem dos espíritos e em consequência a desordem do Estado com consequências nefastas nos que deviam ter sido governados e o não foram.

Eis o texto do juramento de Mariano Rajoy como apareceu publicado na língua-mãe de Espanha:
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Mariano Rajoy ha jurado este lunes, a las 10.30, su cargo como presidente del Gobierno ante el Rey en el Palacio de la Zarzuela. Con la mano derecha sobre la Constitución y la izquierda sobre la Biblia, Rajoy ha tomado posesión ante la mirada de Don Felipe y con el ministro de Justicia en funciones, Rafael Catalá, como Notario Mayor del Reino.

«Juro cumplir fielmente las obligaciones del cargo como presidente del Gobierno, con lealtad al Rey, y guardar y hacer guardar la Constitución, así como mantener el secreto de las deliberaciones del Consejo de Ministros». Así ha sido el juramento de Rajoy en el Salón de Audiencias de La Zarzuela.

En la mesa se ha colocado un Crucifijo, junto a una Biblia del siglo XVIII, que fue de Carlos IV y estaba abierta por el Antiguo Testtamento, en el Libro de los Números, Capítulo 30, dedicado al voto y al juramento. Junto a la Biblia, un ejemplar de la Constitución Española, abierto por el Título IV, del Gobierno, en su artículo 99.3.

http://www.abc.es/ de 31 de Outubro de 2016

Se sonho é sempre contigo...


O Poente fecha a tarde...


domingo, 30 de outubro de 2016

Uma preocupação de Miguel Torga


Hoje, mais uma vez, a minha saudade de Miguel Torga levou-me até ao volume XIV do seu "Diário" e parei por uns momentos para ler e reler o que ele escreveu no Cimo da Vila, em 14 de Setembro de 1983, naquele local, também chamada Cimo da Vila da Castanheira, com o fito centrado na capela românica de S. João.


Diz, assim, este famoso poeta:

Pátria desmoronada! Tudo nela cai aos bocados. Os monumentos, o carácter e a própria fé. Agora, a incúria do abade e dos fiéis até deixou que abatesse o tecto desta serrana capelinha de S. João, e consente que se percam no montão de ruínas, partidos, os rústicos modilhões que faziam dela uma raridade cultural. Num dos mais expressivos, o falo procriador que exibia mantém ainda ingloriamente a erecção. A limpa erecção dum tempo que acreditava na vida e a exaltava na cornija dos templos, a unir no mesmo culto o que nela havia de sagrado e de profano.
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Miguel Torga, é sabido, nunca foi um homem que tivesse feito da sua fé em Deus um modo de se posicionar perante a vida, mas é indubitável que fez do respeito que ela lhe mereceu o seu culto muito particular, pelo que, lendo-o neste pequeno trecho do seu "Diário" e que lhe foi inspirado pelo desleixo nacional dos templos sagrados, como o de S. João, existente nas lonjuras das terras mais inóspitas do concelho de Chaves, o que fica é o seu espanto pelo abandono de monumentos como este de traça românica que marcou uma época histórica.

Os mais puritanos podem não estar de acordo com o falo erecto que ele diz pertencer a um tempo que acreditava na vida e a exaltava na cornija dos templos, e se pode parecer desrespeitoso para a fé da Igreja o modo frio como ele fala no falo erecto procriador que ele viu naquela capelinha serrana de S. João, leva-nos, também friamente a concluir, que tal constatação sendo a descrição dum facto natural, pode ser repudiado por eles, mas não deixa de ser na sua realidade pictórica um motivo que nos fala da Obra da Criação, porque Deus se não esqueceu de nada... 

"Lacrimosa" de Mozart: um hino todos os anos renovado.

Lacrimosa


Dia de lágrimas aquele
em que ressurgirá das cinzas
um homem para ser julgado.

Tende, pois, piedade dele, ó meu Deus!
Ó misericordioso, Senhor Jesus
concedei-lhe o repouso eterno. Amém

in, Vagalume
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O profeta Sofonias em (1, 15-16)diz o seguinte: 

Um dia de ira, aquele dia,
dia de angústia e tribulação,
dia de destruição e devastação,
dia de trevas e de escuridão,
dia de nuvens e de névoas espessas.
Dia de trombeta e de alarme
contra as cidades fortes
e as altas torres angulares.
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É o famoso "Dies Irae" ou "Dia de Ira" que veio a ser - e é - um famoso hino surgido no século XVIII e cuja inspiração o seu autor - de que se desconhece por inteiro a sua identidade - foi buscar ao Livro profético de Sofonias que antevia um dia de juízo universal, tenebroso e terrível, que afectaria - no seu tempo - Judá, a terra desobediente que com a sua atitude se dispunha a ficar sob a influência, quer do Egipto ou da Assíria, advertindo aquele povo que era ainda tempo de escapara  a ira divina.

Mozart utilizou esta passagem bíblica para fazer dele a apoteose do seu "Requiem" e como consequência na tradicional Missa católica dedicada aos falecidos, pelo que ao aproximar-se o dia 2 de Novembro "Dia dos fiéis defuntos" esta composição "Lacrimosa" ganha toda a sua excelência tradicional por tornar presente aos vivos as memórias dos que partiram e a intercepção destes perante Deus, para que sobre eles reine o poder da piedade divina e lhe dê o repouso eterno.

Exemplos!


Olho para esta imagem e penso:

Por que foi que esta árvore num ambiente vegetal onde existem milhões de companheiras suas, deu aso a que o fotógrafo a apresentasse sozinha, distinguindo-as das outras?

E de imediato a resposta veio pronta e breve: Há vidas que têm passado pelo Mundo - e continuam a passar, hoje - que se parecem com aquela árvore ao imergirem da vulgaridade dos seus semelhantes, que embora não o deixem de os ser nos aspectos exteriores, se tornam exemplos pela beleza da sua interioridade.

"Serenade" de Schubert

Serenade


Esta extraordinária peça musical foi escrita por Franz Schubert tinha ele 29 anos de idade (1836) e veio a falecer um jovem com 31 anos dois anos depois. Melodia em que a simplicidade se equivale ao seu encanto, parece, dada a idade do famoso e imortal compositor ter sido inspiração de um momento em que a emoção amorosa transpareceu em cada nota perfeita de graça e de uma beleza que nunca esmorecerá enquanto houver sobre a face da Terra sentimentos de amor humano.

Silenciosamente invoco em minhas músicas
Durante a noite
No bosque calmo
Amor, venha para mim!

Árvores farfalhantes sussurram
À luz do luar
Espionando
Querida, não tenha medo
Você está ouvindo os rouxinóis?

Oh! Eles acenam para você
Com doce, melancolia
Eles rogam por mim
Eles entendem os apertos do coração
Conhecem a dor do amor
Enchem com tons prateados
Cada coração terno
Deixe que nossos peitos fiquem repletos de encantos
Querida, ouça-me!
Tremendo espero por você!
Venha, por favor!

in, Vagalume
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Franz Schubert, vítima de uma doença breve, nesta tradução da música em letra pela qual o menos melómano o pode entender, pareceu, dada a morte que não tardou a ceifá-lo do convívio da sua família, amigos e público que tanto gostava de ouvir as suas composições, que ao ler e meditar em cada um dos versos nos leva a ouvir a harmonia expressa em cada uma das notas inspiradas de "Serenata" aquele desejo expresso: Tremendo espero por você / Venha por favor!

E veio. Não o que ele pedia... mas a morte cruel que em 1828 levou do Mundo aquela alma sensível e enamorada - e de tal modo o foi - que vai a caminhar para dois séculos, a sua "Serenade" continua a ser imortal, tão imortal como continua a ser o nome do compositor austríaco que teve a honra de ser o inovador da era do Romantismo ao findar o século XVIII, deixando a sua marca na música que para sempre glorificará o seu génio.

Eu cativo, tu cativas, ele cativa...


Como forma de travar o incumprimento do défice o Governo esta a atrasar os pagamentos às Empresas, o que levou o Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) a fazer notar que as cativações de quase 500 milhões de euros na execução orçamental deste ano é que estão a ajudar a manter o défice abaixo das metas definidas por Bruxelas.

Este é o mau exemplo que o governo dá à sociedade civil, quando devia ser ele a cumprir as regras para as poder exigir aos governados, pelo que temos um País de pernas para o ar, com o executivo a fazer um exercício ao contrário do modo como se deve comportar a sociedade.

-Para quando um governo correcto e não como este que conjuga o verbo CATIVAR, essencialmente, e com todo o desplante nas três primeiras pessoas do Presente do Indicativo?
eu cativo, tu cativas, ele cativa.

É assim que se governa... até, porque, para o ano há eleições autárquicas...
- Há, não há?
- Pois há...
Então, eu percebo e tu deves perceber, porque ele percebe... e de que maneira!

sábado, 29 de outubro de 2016

Em Espanha a democracia impôs a sua lei!


Em Espanha - ao contrário do que aconteceu em Portugal nas eleições de 4 de Outubro de 2015 - a democracia impôs a sua lei, pondo a governar, como hoje aconteceu, Mariano Rajoy, o vencedor das eleições.

Em Portugal fizemos esta coisa obtusa: pusemos a governar o perdedor das eleições, o que prova que temos de aprender... e não é preciso ir muito longe: é só atravessar a fronteira.

Volto a este assunto porque não me conforto.

António Costa - passou a campanha eleitoral a combater politicamente os partidos com quem, passado o acto eleitoral se aliou - pelo que não me conformo que um perdedor como ele foi, seja, agora, o chefe do executivo que governa Portugal.

Eis, porque, neste momento em que vejo em Espanha cumprir-se a força do voto eleitoral - ainda que minoritário no vencedor - eu tire o meu chapéu a todos os que, obrigaram a respeitar o voto popular, o que não aconteceu em Portugal, porque o voto popular foi quadri-partido antes, e só unido depois, a que acresceu o facto dos que com o seu voto permitiram uma aliança no - pós - o não tivessem sabido - no antes - algo que é insólito e não devia ter sido admitido.

É a minha opinião.
Se estou enganado peço desculpa a quem não está de acordo comigo.

Nem sempre uma linda cara...



O pão que sobra à riqueza...



Contento-me por saber...



Que a nossa vida...



Não crês...



Deus



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Há homens cujos destinos...


Uma jóia antiga!

Relógio de Sol 
(Hospital de Santo António dos Capuchos - Lisboa)
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Aconteceu, há dias.

No decorrer de uma visita que fiz ao Hospital, ao passar num dado lugar dei com os meus olhos postados em cima de um velho e artístico "Relógio de Sol" e interrompi a marcha para, ante ele, ficar a pensar na sabedoria antiga dos homens que a partir daquele elemento natural tiravam partido da roda da Terra em torno do Sol, como Copérnico o demonstrou no século XV com a sua teoria heliocêntrica.

E ali, estático, veio-me ao pensamento a teoria babilónica - que esteve na origem daquele monumento simples mas erudito - que levou aqueles homens antigos a notar que o Sol provocava sombra nos objectos e que estas sombras variavam consoante as horas do dia, algo que os levou a fazer das suas próprias sombras o cálculo da hora do dia.

Registei o momento e a foto que aqui fica é o seu testemunho, como prova evidente de Deus ter dado ao homem - desde o tempo da Criação - todos os dados e todas as ciências, coisas que infelizmente nem sempre são tidas na sua devida conta, a começar pelo Criador que devia merecer dos homens mais atenção, razão porque, antes de me dirigir à consulta que me levou ao Hospital, com os olhos pousados naquele "Relógio de Sol" agradeci a Deus aquele momento.

Sobre a minha mesa de trabalho...


quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Porque crês e porque rezas


Nossa Senhora do Amparo

Imagem de Nossa Senhora do Amparo ao culto dos fiéis 
na Igreja Paroquial de Benfica - Lisboa


Dentro do altar-mor o trono eleva-se desde a peanha monumental - que a foto não mostra - e que serve de apoio à Imagem do Orago da Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo, até terminar na Cruz com Nosso Senhor exposto, que um jogo de luzes artisticamente conseguido nos dá a expressão plástica de um Calvário, com a representação luminotecnica de Dimas e Gestas, os dois crucificados que no Gólgota fizeram companhia a Jesus Cristo.

Neste trono o cinzel do artista fez maravilhas de arte escultótrica dentro das duas grandes colunas laterais de mármore rosa com seus respectivos capitéis que emolduram esta joia rara onde não falta o pormenor a dar a todo o conjunto a harmonia das formas deste famoso e elegante retábulo, onde na meia-volta final que serve de tecto, a coroa do Espirito Santo culmina o Sinal da Trindade das três Pessoas consubstanciais ali representadas, cujo prenúncio aparece no Livro de Génesis no momento em que junto dos Carvalhos de Mambré, Abraão recebeu três visitantes misteriosos (Gn 18, 2-5).

Para se chegar à invocação de Nossa Senhora do Amparo - com o sentido na Senhora que é venerada na Igreja de Benfica - temos de considerar um percurso eclesial que nos leva até ao início dos tempos, e em que Maria esteve gloriosamente inscrita nos planos de Deus.

Após Eva ter sido enganada pela serpente e tendo consciência de como era saboroso o fruto da árvore proibida, deu-o a comer a Adão. Relata o Génesis, que Eva ao ser interpelada por Deus: Que fizeste? – respondeu: A serpente me enganou e eu comi. Deus, depois de chamar à colação o acto da serpente, disse: Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a dela; esta te esmagará a cabeça enquanto tu te lanças contra o seu calcanhar. (Gen 3, 15)

Neste relato a serpente é uma figura alegórica. Representa tudo o que é contrário aos planos de Deus e que Eva simbolizou, enquanto Maria, chamada pelo Anjo na cena da Anunciação por “Ave”, ou seja, com as mesma letras mas lidas ao contrário por oposição a Eva, a sua descendência havia de vencer o demónio, levando-se em conta que à cabeça, num tempo que Deus sabia, estaria, um dia, Jesus, o Filho da grande mulher cheia de graça

Desta passagem bíblica retiramos que ao triunfo do Salvador se iria associar o triunfo da Mãe e desta asserção, surge a pergunta: em que tempo podemos situar o primeiro culto a Maria?
Seguramente, no decorrer do tempo apostólico onde ela assumiu por vontade de Deus o primado da Mãe Admirável.
Tendo em conta o livro: "Fátima, Altar do Mundo" diz o autor que esse tempo está profundamente ligado com a idade apostólica, pondo à frente S. Tiago Maior, pelo seguinte motivo que  a lenda – mais que a História – coloca na alma do povo.

Diz assim, a lenda: Na sua viagem de evangelização pela Hispânia – de acordo com o livro já citado -  o Apóstolo deteve-se algum tempo em Saragoça e, numa noite, estando a rezar na margem do Ebro, foi favorecido com a aparição de Nossa Senhora, então ainda viva, a pedir que lhe erguesse um altar. Apressou-se S. Tiago a cumprir os desejos da Virgem. Auxiliado por alguns discípulos dedicou-lhe um Oratório, a que sucedeu no volver dos tempos, o “amplo e augusto templo “ do Pilar.
Esta foi a primeira aparição de Nossa Senhora. Vivia-se o ano 40 da era cristã.
Corresponde, assim, a uma antiquíssima tradição e de tal modo, que ainda hoje, Nossa Senhora do Pilar é profundamente venerada em Saragoça.

Seguindo o mesmo livro, afirma-se que em terrenos onde se viria a implantar  Portugal doze séculos depois, como reflexo do que já havia acontecido em Saragoça, assim sucedeu com Nossa Senhora da Oliveira.
Na sua passagem pelo Ocidente, S. Tiago teria encontrado, nas terras onde havia de formar-se a vila de Guimarães, um santuário pagão dedicado à deusa Ceres. Purificou-o do culto idolátrico e consagrou-os aos mistérios cristãos, erguendo nele um altar com a imagem da Virgem.

Por tudo o que foi dito, Maria é venerada como Rainha de todos os Santos, razão, porque, ao falar do culto devido aos santos ela tem um tratamento próprio e muito especial, podendo-se afirmar que o culto dos santos está presente desde a sua origem associado aos valores evangélicos. Os primeiros cultuados como santos foram os mártires, ou seja, aqueles que deram a vida como testemunho de sua adesão à fé cristã. Foi, assim, até antes do final do primeiro século da cristandade.

Para os honrar a Igreja alinha-os num termo de origem grega – dulia – que significa a veneração que é prestada a alguém que gosta de se sentir útil e necessário e de não voltar atrás com a palavra assumida, nem com a missão de que é portador.

Eis, porque, todos os santos de Deus cabem por inteiro nesta definição.

Mas à Virgem - Rainha de todos os Santos - a Igreja, mãe e mestra da verdade, tendo partido dos mesmos predicados, entendeu que a qualidade da sua origem e a missão que lhe foi pedida – que a Senhora cumpriu na plenitude – ao transcender todos os santos, teria, naturalmente um tratamento diferente.
Designa, assim, de - hiperdulia -a veneração que lhe é devotada pelos fiéis, ao reconhecerem nela a assunção da vontade de Deus e o seu cumprimento por cima de todas as dores e martírios.

Pelo que já dissemos, Maria tornou-se por direito próprio a Advogada do povo cristão, profundamente abalado e sofredor através da devoção que marcou profundamente os primeiros trezentos anos da História da Igreja com o seu entrosamento compulsivo no poder da Roma imperial. Sofreu, assim, as variadas vicissitudes humanas e religiosas de que o séc. II é paradigma com a perseguição e o sofrimento de muitos dos santos mártires, porquanto viveram numa sociedade de prevalência pagã e hostil.

Durante a perseguição de Nero, o credo dos cristãos foi considerado superstição estranha e ilegal. Os pagãos desconfiavam deles e mantinham-nos à distância e não raro acusavam-nos dos delitos mais graves. Perseguidos eram aprisionados e, por fim, condenados ao exílio ou à morte. Impedidos de professar a sua fé, os cristãos serviam-se de símbolos que pintavam nas paredes das catacumbas.

Eis, porque, o povo cristão que sofreu durante tão largo período de tempo tenazes provações, realizava o culto às escondidas, nas catacumbas de Priscila, donde terão nascido as primeiras representações iconográficas da Virgem que são conhecidas, representada, ora a amamentar o Menino, como acontece numa Imagem do Século II nesta catacumba, ora em acto de adoração de braços abertos.
Situando-nos nesse tempo do Império Romano, afirma-se que Constantino I na  sequência de uma vitória junto às muralhas de Roma, teve um sonho, no qual lhe pareceu ver um escudo com uma cruz e ouvido uma voz que dizia: com este sinal vencerás, o que veio a acontecer.

Em 13 de Junho de 313  o Édito de Milão ao declarar que o Império Romano seria neutro em relação ao credo religioso, o Cristianismo passou a não ser perseguido de acordo com a vontade imperial. De tudo isto resultou que a cristandade viria a consolidar o culto a Maria, com incidência especial para o século VII. 

É em Espanha que começa a celebrar-se com assiduidade este culto a partir do ano 656 – que assinala o 10º Concílio de Toledo – com os Bispos ali reunidos a tomarem consciência da importância de recordar Maria enquanto protagonista do Mistério da Encarnação do Senhor. Com efeito, continuando a servir-nos do livro: Fátima, Altar do Mundo, retiramos dele a seguinte asserção: Desta festa nos deixaram precioso testemunho os padres do 10º Concílio de Toledo  (...). As igrejas hispânicas costumavam celebrar a festa da Anunciação a 25 de Março; como, porém, ocorria o tempo da Quaresma ou da Páscoa, determinou o Concílio que ela se transferisse para 18 de Dezembro.(...)

Tudo leva a crer, que tendo-se realizado este Concílio no primeiro dia do mês de Dezembro de 656, a primeira festa à Mãe de Jesus, terá ocorrido no dia 18 de Dezembro daquele longínquo ano.
É, pois, neste dia que a Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Amparo realiza em honra do seu Orago a sua Festa anual.

É crível que o primeiro título de Nossa Senhora terá sido: Rainha dos Apóstolos com quem conviveu e com os quais estava no Dia de Pentecostes, presidindo  àquele Colégio a quem fora prometido o Consolador.

Maria era a Rainha daquele pequeno grupo reunido no Cenáculo.

Assim considerada, a Igreja passou a venerá-la no dia 22 de Agosto como a Memória Obrigatória de SANTA MARIA RAINHA, por força da Carta Encíclica do Papa Pio XII, dada na Festa da Maternidade de Nossa Senhora em 11 de Outubro de 1954, e da qual registamos o nº 8: Com razão acreditou sempre o povo fiel, já nos séculos passados, que a mulher, de quem nasceu o Filho do Altíssimo - o qual "reinará eternamente na casa de Jacó" (Lc 1,32.), (será) "Príncipe da Paz" (Is 9,6.), "Rei dos Reis e Senhor dos senhores" (Ap 19,16.)-, recebeu mais que todas as outras criaturas singulares privilégios de graça. E considerando que há estreita relação entre uma mãe e o seu filho, sem dificuldade reconheceu na Mãe de Deus a dignidade real sobre todas as coisas. (...)

A liturgia sagrada já invocava a Mãe de Deus com os títulos de Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, de Todos os  Santos, Rainha Imaculada, Rainha do Santíssimo Rosário, Rainha da Paz e Rainha Assunta ao Céu.

A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães é, possivelmente, o primeiro Templo dedicado a Nossa Senhora, por Mumadona, que foi condessa de Portugal no século X durante o primeiro Condado Portucalense. A sua construção remonta ao ano de 927-929, mas na realidade, pouco ou nada se conhece da primitiva igreja medieval, que era de invocação de Santa Maria de Guimarães e que, no século XV, começa a designar-se de Nossa Senhora da Oliveira, em virtude de uma piedosa lenda local que chegou até aos nossos dias.

Não há dados fidedignos, mas tudo leva a crer que o nosso primeiro rei, nascido quando sua mãe governava o Condado Portucalense, terá sido incentivado por esta Igreja e a sua titular, quanto ao cuidado a ter com as Festas marianas, sabendo-se que no princípio da monarquia se celebravam as seguintes festas de Nossa Senhora: Purificação a 2 de Fevereiro; Anunciação, a 25 de Março; Dormição, a 15 de Agosto; Natividade, a 8 de Setembro.

Tudo leva a crer que o culto a Nossa Senhora do Amparo teve a sua origem em Portugal, na Sé Catedral de Lamego construída entre os anos (1159-1191) onde havia uma imagem de Nossa Senhora do Amparo, que mais tarde foi transferida para o Santuário de Nossa Senhora do Amparo, (ou dos Meninos) em Britiande, junto à cidade de Lamego.

A ser assim, o título de Nossa Senhora do Amparo surgiu anos depois da edificação do Reino. (1143), podendo dizer-se que nasceu para ser o “amparo” de Portugal.

Antes de tecermos alguns comentários sobre este  culto que começou em Benfica em 1391, assinala-se que no século XV surgiu em Lisboa com o mesmo título, a  Capela de Nossa Senhora do Amparo que existiu debaixo dos “Arcos do Rossio”,  pertencentes ao Hospital Real de Todos-os-Santos, que existiu onde hoje é a Praça de Figueira, tendo a Capela sido destruída, com o Hospital no grande cataclismo de 1755.


Em sua memória temos hoje a Rua do Amparo que liga a Praça do Rossio à Praça da Figueira.

Nem tudo se perde na poeira do tempo.

Pelo facto da construção deste Hospital ter ocorrido entre os anos de 1492 e 1504, tudo leva a crer que a sua Capela ao adoptar o título da Senhora do Amparo, deixa de pé a seguinte conclusão: Tendo-se em conta que, na época, os fidalgos que em Benfica tinham as suas quintas e os seus solares de veraneio, em conjunto com os seus rendeiros e lavradores que iam vender os produtos hortícolas aos mercados de Lisboa, certamente teriam levado para aquela Capela da cidade o culto da Senhora do Amparo.

Benfica, como é sabido, na altura, era uma zona fora de portas – bem longe da cidade – razão suficiente para poder haver para a mesma Senhora, em locais diferentes, a veneração do mesmo título.
Mas não deixa de ser curioso, que dos “saloios” – como, na época, eram conhecidos os habitantes de Benfica - haja saído o culto de Nossa Senhora do Amparo, para ser “Amparo”, em primeiro lugar dos doentes que acorriam ao Hospital e, naturalmente, para socorrer a piedade da gente fidalga e abastada da Cidade de Lisboa.

Bem sabemos que tudo isto são suposições sobre as quais pesa a falta de dados, mas a que a lógica dos acontecimentos dão sustento lógico.

Em termos eclesiais o “amparo” como título honroso que a alma popular deu à Mãe de Deus, tem um significado que pela sua oportunidade nos conduz a uma conferência realizada em 1970, pelo Prof. Plínio Correia de Oliveira, que inspiradamente fala deste modo sobre o “amparo” e a Senhora do Amparo:

Qual é a invocação, o significado de Nossa Senhora do Amparo? Nossa Senhora do Amparo é exactamente Aquela que tem uma particular pena dos que estão desamparados. Sejam desamparados do ponto de vista da alma, seja desamparados do ponto de vista do corpo. E que com aquela compaixão especial que a mãe tem do filho aflito e precisado, faz coisas inimagináveis para ajudá-lo! Quer dizer, é Nossa Senhora de todas as solicitudes, é Nossa Senhora de todas as compaixões, é Nossa Senhora de todos os instantes em que o homem precisa de alguma coisa e recorre a Ela.

É-nos lícito admitir, que muitos séculos antes destes encómios do brilhante católico que foi Plínio Correia de Oliveira, o povo de Benfica – desamparado neste subúrbio da Cidade de Lisboa, no tempo e que se pensou erigir a primeira Igreja, tivesse tido alguma influência no título mariano a dar ao seu Orago.

Retomando o que já foi dito sobre a fé em Nossa Senhora do nosso primeiro Rei, sabe-se que ele apadrinhava os festejos populares e as celebrações litúrgicas dos Santos que viriam a ter uma maior devoção na era dos Descobrimentos, com o fim de abençoar a saída de marinheiros que iam enfrentar os mares, donde o “amparo” da Mãe de Deus, era, espiritualmente um dom muito acarinhado.

E, como se sabe, que o culto a Nossa Senhora do Amparo – logo a seguir à descoberta do Brasil foi muito difundido naquelas paragens  – é facto assente que chegou ali, tendo sido levado de Benfica (séc. XIV) ou de Lisboa (Rossio) (séc. XV) a menos, contra as nossas expectativas, que tudo tivesse acontecido a partir da cidade de Lamego, como se disse, o primeiro local onde se venerou Nossa Senhora do Amparo. (século XII).

A afirmação que fazemos é, como se torna evidente, uma suposição que advém da  história do tempo não ter deixado marcas palpáveis neste campo, mas não deixa de ser oportuno referir o seguinte:
A Senhora do Amparo  tendo “embarcado” nas  naus que enfrentaram o mar até fundearem no lugar a que deram o nome de  Porto Seguro, local onde se celebrou a primeira Missa em 26 de Abril de 1500 – Domingo de Páscoa – terá estado presente sob o olhar do celebrante Frei Henrique de Coimbra.

É uma outra suposição, mas a História, quando não existe escrita, baseia-se na lógica sucessão dos acontecimentos.

A propósito de tudo o que temos dito, vamos referir um documento da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora do Amparo, em Petrópolis, no  Brasil, que comprova – ou parece confirmar – o que dizemos:

A invocação a Nossa Senhora do Amparo tornou-se popular na velha Lusitânia, entre os marujos que, em suas longas e perigosas travessias, imploravam a protecção e o amparo de Maria, ao enfrentarem as tempestades e os riscos do oceano desconhecido.

Logo após o descobrimento do Brasil, o culto a Nossa Senhora do Amparo chega até nós. Em Olinda, Pernambuco, um dos primeiros templos lhe é consagrado. A Cidade de Fortaleza teve sua origem no forte de Nossa Senhora do Amparo.
Na verdade, o amparo de Maria está presente em nossos momentos de dor, de aflição e de alegria. Ela está junto à cruz de cada um de seus filhos. Ela é o amparo das crianças e dos sofredores.

Os teus olhos se me olhas...


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Faz hoje anos - Tomada da cidade Lisboa, com a conquista do Castelo de S. Jorge


Faz hoje 869 anos que a cidade de Lisboa foi tomada aos mouros com a entrada triunfante das tropas de D. Afonso Henriques no bastião mais forte da cidade: o Castelo de S. Jorge e cujo acontecimento, de tão importante não escapou à epopeia poética que Luís de Camões imortalizou nesse Livro Único que ele intitulou: "OS LUSÍADAS", dando conta da força dura mourisca que já havia conquistado tantas cidades, interrogando-se sobre o poderio, que afinal veio a soçobrar ao poder da força dura do nosso primeiro rei.


"Que cidade tão forte por ventura 
Haverá que resista, se Lisboa
Não pôde resistir à força dura 
Da gente, cuja fama tanto voa?  
Já lhe obedece toda a Estremadura, 
Óbidos, Alenquer, por onde soa
O tom das frescas águas, entre as pedras,
Que murmurando lava, e Torres Vedras.

in, “Os Lusíadas”
Canto III – estrofe 61


Manda a verdade dizer que D. Afonso Henriques contou com os Cruzados provindos de Dartmouth, Inglaterra, constituídos por normandos, inglese, escoceses germanos, cuja armada depois de ter arribado ao Porto rumou para o sul, por terra e mar, tendo os nautas penetrado no estuário do rio Tejo em junho de 1147 e tendo acampado no lugar a que hoje chamamos a Baixa de Lisboa

A Tomada de Lisboa
in, "Quadros Históricos de Portugal" de António Feliciano de Castilho

O facto é bem conhecido.
No dia 25 de Outubro de 1147, Martim Moniz morre esmagado contra as portas da entrada no Castelo de S. Jorge, e varado pela lanças mouriscas, dando aso com a sua heroicidade, que de portas abertas o tropel das tropas que haviam feito e cerco à cidade, tendo subido a colina entrassem no Castelo e o tomassem para a Coroa de Portugal.

O cerco a Lisboa
Tela de Roque Gameiro

Entrada solene na cidade ( 25 de Outubro )

Aberta, pois, a porta e dada autorização de entrarem, os colonienses e os flamengos, concebendo um astucioso ardil, solicitam aos nossos que seja deles a honra de serem os primeiros a entrar. Dada, pois, a anuência para tal efeito e chegada a ocasião, fazem entrada mais de duzentos com os que anteriormente haviam sido designados, fora outros que se tinham intrometido pela brecha da muralha que ficava à sua mercê da parte em que se encontravam, enquanto ninguém dos nossos, que não fosse dos designados, presumira proceder à entrada. 20  

À frente, pois, ia o arcebispo e os outros bispos com a bandeira da Cruz do Senhor e a seguir entram os nossos chefes juntamente com o rei e os que para este efeito tinham sido escolhidos.   

Oh! Quanta não foi a alegria de todos! Oh! Quanta não foi a honra especial que todos sentiam! Oh! Quantas não foram as lágrimas que afluíam em testemunho de alegria e de piedade, quando todos viram colocar no mais alto da fortaleza o estandarte da Cruz salvífica em sinal de sujeição da cidade, para louvor e glória de Deus e da santíssima Virgem Maria. O arcebispo e os bispos com o clero e todos os outros, não sem lágrimas de júbilo, cantavam o Te Deum laudamus com o Asperges me e orações de devoção.   

Entretanto, o rei dá a volta a pé pelas muralhas do castelo cimeiro

in, "O Portal da História"

Um recado para o governo: "intra" e "extra"... deviam merecer o mesmo respeito!

http://www.sapo.pt/ de 25 de Outubro de 2016
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"Riscos e discrepâncias" - Bruxelas pede mais informações ao governo sobre o Orçamento de Estado para 2017.

Cá dentro o governo pode não dar - como lhe competia institucionalmente - informações à oposição parlamentar para que esta possa aferir a justeza das medidas que irão informar o Orçamento de 2017, como hoje aconteceu num debate público parlamentar que causou náuseas, mas lá fora, tem de ter mais cuidado.

Cá dentro o governo joga com a oposição que o sustenta - que tem medo de criar um problema político a pensar no seu eleitorado - mas tem de saber que não pode fazer o mesmo jogo com a oposição - que devia estar a governar e não está - porque esta, neste momento está de "olho aberto" às coisas menos próprias que o governo faz, como terem-lhe pedido informações sobre o mesmo Orçamento e ter feito "ouvidos moucos" que é uma forma pouco respeitosa de tratar os seus opositores políticos daquele lado.

Obrigado, vai entregar a Bruxelas a documentação em falta até 5ª feira, dia 27 de Outubro ou seja, os mapas que faltam na proposta orçamental para 2017 e aos opositores internos (PSD+CDS) até 6º feira, pergunta-se:

  • E se o governo respeitasse mais o Parlamento de onde dimana a sua representatividade política?


Meu amor não vás depressa...

Hospital de Santo António dos Capuchos - Lisboa
Onde fui - num exercício de rotina - cuidar da minha saúde.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Eu sei que não sei cantar...

Hospital de Santo António  dos Capuchos - Lisboa
Onde fui - num exercício de rotina - cuidar da minha saúde.

Nem toda a flor, acredita...

Hospital de Santo António dos Capuchos - Lisboa
Onde fui - num exercício de rotina - cuidar da minha saúde

2,98% do PIB em 2015...



  • Se o Partido Socialista, segundo é dito, no reporte que mandou para Bruxelas a acompanhar a proposta do Orçamento de Estado para 2017, afirma que o défice de 2015 foi de 2,98% do PIB, porque razão este assunto foi escondido aos portugueses por este partido que sustenta o governo do PS?
  • Se o INE diz que este é um facto, porque é que não foi debatido na comunicação social?
  • Se este valor, aponta para que, desde a primeira vez, Portugal cumpriu a meta abaixo dos 3% imposto pela Comissão Europeia, porque diz agora o Partido Socialista que esta primeira vez vai ocorrer em 2016?
  • Se este facto é conhecido desde Setembro de 2016, porque só agora é que se deu conta dele?
  • Se é verdade tudo o que agora se passou a saber, não seria legítimo que o Partido Socialista se retratasse?
Penso que sim!

Ó meu amor, se te fores...