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quarta-feira, 29 de junho de 2016

S. Pedro e o seu dia litúrgico


A Igreja Católica festeja a sua memória, hoje, 29 de Junho.

Quem foi este homem, um Santo Maior - considerado ela Igreja Católica de Príncipe dos Apóstolos - a quem o povo dedica uma atenção especial?
Um simples pescador de Cafarnaum, natural de Betsaida, na Galileia.

Interessado na pesca do "mar da Galileia", de seu nome de nascimento, Simão a que Jesus - após o convite que lhe fez na margem do imenso lago para ser seu companheiro - lhe apôs o sobrenome de Pedro ou Cefas que na língua grega e hebraica significa pedra.

É um dos poucos Santos venerados pelas Igrejas Anglicana, Copta, Ortodoxa e Católica que tem nele o fundador da Igreja Cristã de Roma e o designa como o primeiro dos Papas por ter sido desse modo considerado por Jesus - em vida - e ter sido apoiante de S. Paulo, cujo dia a Igreja Católica comemora ao mesmo tempo, na inclusão os não judeus na fé cristã sem serem obrigados à participação nos rituais da iniciação judaica.

Preso pela ordem de Agripa I, foi encaminhado para Roma onde morreu no ano 64 d. C. durante a perseguição de Nero aos cristãos, tendo sido crucificado de cabeça para baixo, como ele quis que acontecesse, por não se achar de ser digno de ter uma morte igual à de Jesus, estando o seu túmulo na Catedral de S. Pedro.

S. Pedro - o Santo - é um convertido à fé nascente desde o momento em que movido pela pregação de S. João Baptista, ao ver Jesus passar junto das suas redes e tendo-O seguido, não tardou a despontar como líder dos doze apóstolos, tendo sido o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus, e conjuntamente, com seu irmão André e os irmãos Tiago e João Evangelista fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze Apóstolos.

Alguém...



terça-feira, 28 de junho de 2016

Coisas da Natureza...


Uma paisagem da Ericeira
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Olho e medito nesta imagem que eu captei, há dias.

E o que ressaltou de imediato na minha observação, são duas Naturezas há milhões de ano em confronto... e, enquanto uma - a do mar salgado "fala" no entrechocar das suas ondas contra a falésia - esta, muda mas não imutável no desgaste das ondas que contra ela se encarniçam até se desfazerem em espuma iodada, assim têm vivido, e a conclusão a tirar é que ambas cumprem o seu papel de acordo com os ditames superiores que as criaram, sem que nunca saibamos porque assim foi e porque tinha de ser assim...

Mas, o que dói, é quando assistimos na vida concreta do ser humano - apesar de representarem uma única Natureza - haver alguém que se parece com as ondas arrogantes do mar e, na sua fala brava e quantas vezes imprópria - pelo poderio acidental que conquistou ou lhe deram de mão beijada não se importar de bater contra a outra, que sendo igual a ela pela Obra da Criação, se parece pelo domínio que sofre, à falésia onde batem as ondas do mar salgado, quando, humildemente se cala para amortecer os impropérios que ouve, de quem está na mó de cima.

É isto que dói... porquanto, as duas Naturezas da foto vivem na harmonia ditada pela lei que assim as criou, enquanto a Natureza humana - una, embora na diversidade dos dons - vivem entrechocando-se, numa desarmonia que prova que a inteligência fica a perder perante o espectáculo das ondas que vão morrer contra a falésia.

EU



Se eu pudesse aconselhava António Costa...




Faço parte daquele grupo de portugueses que criticam António Costa pelo passo que deu - não pelo passo em si mesmo - mas pelo modo como o deu, que penso, desagradou até, a parte do Partido Socialista que se revê na Europa como porta de saída, dadas as vicissitudes actuais de Portugal, que tem necessidade de se expandir para além fronteira e não ficar confinado ao espaço físico que o País ocupa no concerto das Nações europeias.

O passo foi dado... mal dado.

Basta ver os "bicos de pés" em que se põem os seus parceiros acidentais, especialmente Catarina Martins, pelo que, se eu pudesse aconselhar António Costa, algo que pela idade podia fazer, o mais cedo possível devia provocavar novas eleições, onde, possivelmente seria ganhador e abandonava aqueles parceiros teimosos que - e ele bem sabia o que eles pensavam sobre o euro e a Europa - que, sempre que podem lhe dão bicadas... e se não parece, é, para o governo se manter de pé que António Costa as aceita.

Contudo, fazem Portugal atrasar o caminho, muito embora nos digam o contrário, quer o governo, quer uma certa imprensa que sempre gostou de estar de acordo com o poder instalado, um mal endémico que já vem desde os tempos do Estado Novo.
Por isso, se eu pudesse aconselhava António Costa... porque PORTUGAL ESTÁ PRIMEIRO.

domingo, 26 de junho de 2016

Galileu Gallilei

Galileu - quadro de Félix Penha
in, Revista "O Occidente" de 11 de Janeiro de 1893
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Na imagem, Galileu tenta fazer valer a sua lei científica  a um dignitário da Igreja Católica que se lhe opunha e o fez ajoelhar perante a Inquisição sem que para tal tivesse razão.
É a verdade histórica que manda dizer isto.

Ninguém de per si ou em grupo é infalível quanto às suas ideias, como aconteceu com a Igreja Católica do tempo de Galileu Gallilei, porquanto, Galileu defendia a tese fundada em Copérnico, asseverando que a Terra não ficava no centro do Universo mas orbitava o Sol, enquanto a Igreja ao defender o contrário com uma interpretação literal da Bíblia não aceitavando aquela tese como uma verdade absoluta, mas apenas, como uma hipótese, facto que obrigou o cientista a negar publicamente as suas ideias no ano de 1633.

O Santo S. Joâo Paulo II, em 31 de Outubro de 1992 reconheceu o erro da Igreja cometido contra o homem que é considerado o "pai de ciência moderna" enquanto,  matemático, astrónomo e físico, e foi um dos primeiros a estudar os céus utilizando um telescópio através do qual manteve inalterada  a sua verdade que o fez sentar ante as ordens do Papa Urbano VIII no Tribunal da Inquisição.

Motivo?

O facto da Igreja aceitar como verdade sem qualquer possibilidade de contradita uma afirmação exarada em (Josué 10, 12-13) Detém-te, ó Sol, sobre Guibeon; e tu, ó Lua, sobre o vale de Aia¬lon.» E o Sol deteve-se, e a Lua parou até o povo se ter vingado dos seus inimigos, o que para Galileu era uma forma incorrecta de interpretar a Palavra de Deus, que sendo para ele o Livro infalível da Verdade estava sujeito às falhas interpretativas dos homens.

Foi esta controvérsia que levou António Gedeão a consagrar ao velho homem da ciência humana do século XVII o celebrado poema:

Poema para Galileo

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileu! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios).
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.
Lembras-te? A ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria...
Eu sei... Eu sei...

As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileu Galilei!
Olha. Sabes? Lá na Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.
Eu queria agradecer-te, Galileu,
a inteligência das coisas que me deste.

Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate, Galileu!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação -
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.
Pois não é evidente, Galileu?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da
praia?

Esta era a inteligência que Deus nos deu
Estava agora a lembrar-me, Galileu,
daquela cena em que tu estavas centado num
escabelo
e tinhas à tua frente
um guiso de homens doutos, hirtos, de toga e de
capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se estivesse tornando um perigo
para a Humanidade
e para a civilização.

Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio
mordiscava os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.
Teus olhos habituados à observação dos satélites e
das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas - parece-me que
estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor,
que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu
pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e escrevias
para eterna perdição da tua alma.

Ai, Galileu!
Mal sabiam os teus doutos juízes, grandes senhores
deste pequeno mundo,
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões
de braços,
andava a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilômetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileu Galilei.
Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer,
homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso, estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão direta dos quadrados dos tempos.

Lembremos...



Dirigindo-se a Deus...



sábado, 25 de junho de 2016

Variações sobre estrofes populares alentejanas


Recordação de um passeio ao Alentejo.

Especialmente, para alegrar o grupo que viajava unido num autocarro para o efeito fretado, entre cada uma das localidades que iam ser visitadas e tendo-se tomado para REFRÃO uma estrofe conhecida de músicas populares do Cante Alentejano - que são na sua essência doa aspectos mais sólidos e genuínos deste adorável povo da planície - foi composta uma poesia alusiva, simples como convinha, e assim partimos, animados na alegria sadia desta salutar visita a terras alentejanas, pelo seguinte itinerário:

1 - Lisboa - Montemor-o-Novo
2 - Arraiolos-Vila Viçosa
3 - Vila viçosa-Monsaraz
4 - Monsaraz-Évora-Lisboa


1 - A Caminho de Montemor-o-Novo

Estátua de S. João de Deus no largo da Igreja Matriz 

FUI Á FONTE BEBER ÁGUA


Fui à fonte beber água
Ao rio p’ra te falar.
Nem na fonte nem no rio
Nunca te pude encontrar.

Se vamos p’ró Alentejo
No passeio dest’ano,
Tudo o que vamos cantar
Tem de ser alentejano.

Refrão

Nunca e pude encontrar…
Perdi o teu horizonte.
Mas hoje, meu Alentejo
Vou beber à tua fonte.

Refrão

Vou  beber à tua fonte,
E aos poucos eu já vou indo…
Vou feliz ao Alentejo
Neste descante tão lindo.

Refrão

Nunca te pude encontrar
E a culpa é toda minha,
Quem nem na fonte ou no rio
Eu dei a minha voltinha.

Refrão




2 - A CAMINHO DE VILA VIÇOSA

Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (Padroeira de Portugal)


MEU LÍRIO ROXO DO CAMPO

Meu lírio roxo do campo
Criado na Primavera
Desejava amor, saber, ai, ai,
A tua intenção qual era.

A minha intenção é boa.
Levo uma flor amorosa
Que trago desde Lisboa
P’ra dar em Vila Viçosa.

Refrão

Eu vou p’ra Vila Viçosa.
À Virgem da Conceição,
Que é uma Senhora formosa
E minha mãe d’eleição.

Refrão

Levo esta flor que colhi
P’ra dar à nossa Rainha,
Que tem a coroa do Rei
Que a torna mais bonitinha.

Refrão

Esta é a minha intenção:
Que junto da Imaculada
Eu deixe a minha oração
Aos pés da Virgem Sagrada.

Refrão



3 - A CAMINHO DE MONSARAZ



NAS CAPELAS E NOS MONTES

Nas capelas e nos montes
Há sorrisos de brancura
Onde fala a voz de Deus
Na voz da cal e d’alvura.

Na voz da cal e d’alvura
Eu já sei que Deus me fala
Numa voz que eu conheço
E a minha alma se regala.

Refrão

Na voz da cal e d’alvura
Deus falou e deu-me paz.
E agora quero ouvi-lo
Na vila de Monsaraz.

Refrão

Na voz da cal e d’alvura
Deus deixou a sua voz
Porque vai todo contente
De ser mais um entre nós.

Refrão

Na voz da cal e d’alvura
Deus de tudo é capaz.
Já está à nossa espera
Na vila de Monsaraz.


Refrão


4 - A CAMINHO DE ÉVORA

A Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção mais conhecida por Catedral de Évora


4 – A CAMINHO DE LIBOA
(depois de Évora ter ficado para trás)


Eu não sei que tenho em Évora
Que d’Évora me’ stou lembrando.
Ao passar o rio Tejo
As ondas me vão levando.

As ondas me vão levando
Senhor  condutor, veja lá…
Pois se mete o “prego a fundo”
Peço p’ra ficar por cá.

Refrão

Pelo p’ra ficar por cá,
Que d’Évora me’stou lembrando,
Mas se passo o rio Tejo
As mágoas eu vou deixando…

Refrão

As mágoas eu vou deixando,
Pois agora tem de ser.
Mas não sei que tenho em Évora
Que pede p’ra não’squecer.

Refrão

Que pede p’ra não’squecer
E ao passar o rio Tejo
Agradeço este passeio
P’las terras do Alentejo.

Refrão



Porque ir ao Alentejo é sempre um "mergulho" naquilo que existe do mais puro da alma portuguesa com as suas tradições e costumes, sentimos que a extensão dos caminhos percorridos pela planície, nos tornou mais iguais e, por isso, chegamos a Lisboa com vontade de repetir por outras bandas alentejanas um novo "mergulho" para revigorar a alma.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Ericeira: um apontamento.




Um duplo Orago dentro do mesmo Templo acontece na Ericeira - e é, certamente o único exemplo em terra portuguesa - sendo um deles, Nossa Senhora da Boa Viagem, Padroeira dos Pescadores locais que lhe dedicam uma festa colorida, anualmente, no terceiro fim de semana de Agosto e sendo o outro Orago, Santo António.

Para além de um Templo consagrado à ecleosologia, o sino colocado num nicho serve para assinalar a entrada dos barcos na Praia dos Pescadores que têm por Nossa Senhora da Boa Viagem um culto especial, não lhes sendo estranho o que aconteceu em 1912, quando os ânimos exaltados do anti-clelicalismo vandalizou a Imagem lançando-a ao mar e da qual se aproveitou, apenas, uma das mãos.

Nossa Senhora da Boa Viagem viu partir a família real destronada e esta, naturalmente, do barco que a exilou disse-lhe adeus para sempre, algo que, quando por ali passo e leio a placa comemorativa apostada numa das suas paredes, sempre me faz recordar os tempos conturbados, material e espiritualmente que tendo deitado abaixo um rei, o substituiu pelo reinado da confusão e da barbárie, do qual, ainda hoje não estamos totalmente livres, pela simples razão de nos faltar em pleno a cultura das raízes de onde imergiu Portugal e a da outra cultura que dá pelo nome do respeito pelo outro.


Olho aquele local e penso que a Monarquia desceu a rampa que leva à Praia dos Pescadores e a República que lhe sucedeu ainda não conseguiu subir tão alto como havia prometido...
Quando o conseguirá?
Portugal aguarda há mais de um século por esse momento...

terça-feira, 21 de junho de 2016

"É preciso nascer de novo"!



"O que embeleza o deserto é que ele esconde um poço em qualquer lugar"...



Ó rio que vais correndo...



O "extremismo" foi e sempre será uma mau conselheiro!



Presidente da República esteve presente na XXXV Peregrinação Militar a Fátima

O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, presidiu esta sexta-feira à Cerimónia de encerramento da XXXV Peregrinação Militar Nacional a Fátima.

Enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa participou na Eucaristia, na Basílica da Santíssima Trindade.

in, Órgão oficial da Presidência da República Portuguesa.

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O dia de sexta-feira citado no texto oficial da Presidência da República, ocorreu no passado dia 17 de Junho, no decorrer da habitual Peregrinação Militar anual que as Forças Armadas realizam até ao Santuário de Fátima, tendo as cerimónias litúrgicas sido presididas pelo Bispo da Diocese e das Forças Armadas e de Segurança, D. Manuel Linda e tendo contado com a presença na respectiva Missa do Presidente da República - pela força do cargo que ocupa na chefia do Estado e por inerência, ser o Comandante Supremo das Forças Armadas - a que acresceu o facto dele ser um seguidor da doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana.

Os extremistas radicais que ainda acolhem algumas da ideias de Robespierre que imperaram em França na época do "Terror" com um ataque cerrado ao clero, teimam em manter a sua postura anticlerical, esquecendo-se que a Igreja de Pedro sediada em Roma com todos os erros humanos que tem tido ao longo dos séculos, assentá para todo o sempre a sua doutrina na Pedra Angular do Crucificado e, por isso, tem e vai continuar a ser o garante espiritual e social dos homens que têm nela a sua crença e orientação de vida.

Eis, porque em tempos democráticos, causam espanto todos aqueles que criticaram o Presidente da República, que na foto tem a seu lado o Ministro da Defesa, pelo facto, para eles insólito de Marcelo Rebelo de Sousa ter estado presente na Eucaristia, o que nos leva a pensar que há por aí - um certo Portugal de Abril "robesperriano" -  que se pudesse proibiria o mais alto Magistrado da Nação de participar naquele acto de Fé, só que, para desgosto deles, Marcelo Rebelo de Sousa é uma figura que se agiganta perante a pequenez da "democracia exaltada" deles, que só admite, de direito, os que pensam e agem como eles.

Paciência...

Bem sabemos que a Revolução Francesa deixou no seu rasto résteas dos jacobinos que fizeram parte da organização política criada em 1789 e que, mesmo depois da da guilhotina ter ceifado a vida de Robespierre, desde então até hoje, não têm esquecido o ideário violento do seu caudilho, acobertando-se nos tempos que passam em correntes do pensamento republicano e laicista de extrema esquerda, pelo que se lamenta que o actual Partido Socialista - só para ter sido Governo de Portugal - se tenha aliado àquela corrente do pensamento, que se tem todo o direito de existir, não tem o direito de se exaltar conta os que pensam ao invés deles, no exercício da liberdade a que todos temos direito.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A abóbada de mestre Afonso Domingues e o brio de sermos portugueses!




Um dos contos mais célebres de Alexandre Herculano que ele publicou nas "Lendas e Narrativas" é o que nos dá conta da construção da abóbada  do Mosteiro da Batalha.

Ao que parece, o insigne historiador foi inspirado por um relato antigo de Frei Luís de Sousa que na sua "História de S, Domingos", relata uma história que os frades da Batalha contavam, dizendo que a abóbada da Casa do Capítulo caíra três vezes no momento em que haviam sido retirados os cimbres.

Isto bastou para Herculano urdir o conto.
Do ponto de vista da História de Portugal, sabe-se que desde o momento em que conquistou o trono, D. João I encarregou o arquitecto Afonso Domingues para delinear e dirigir a construção de uma obra monumental que glorificasse perante os vindouros a inesquecível Batalha de Aljubarrota.

De imediato o arquitecto traça o projecto e a obra é iniciada, tendo arcado com o contratempo de mestre Afonso ter ficado cego no ano de 1401, num tempo em que a famosa abóbada da Casa do Capítulo aguardava a sua construção.

O rei, aconselhado pelos seus homens de confiança, retira mestre Afonso - que podia ter continuado a dirigir a obra segundo o seu plano - e chama para o substituir o arquitecto irlandês, Ouguet, que procede à alteração do projecto incluindo o da abóbada, que logo que terminada a sua construção desaba perante a raiva impotente do irlandês, um facto que fez D. João I retroceder e voltar a chamar o Mestre Afonso, restituindo-lhe o emprego que este acabou por aceitar perante as muitas desculpas do rei.

Concluída a abóbada de acordo com o plano inicial, Afonso Domingues, segundo a lenda, posta-se durante três dias em jejum absoluto, deitado bem no centro da obra, onde acabaria por morrer, mas tendo dito pouco antes de expirar:

"A abóbada não caiu, a abóbada não cairá".


O que moveu a pena de Alexandre Herculano foi a distinção que ele quis fazer da mestria do arquitecto português ante o estrangeiro, numa clara afirmação nacionalista da raça e da cultura portuguesa, tendo a lenda um cunho de verdade.

Relembrar isto, no tempo que corre é um dever nacional, porquanto correm por aí ventos de desnorte que não raro deixam de fazer valer aquilo que é nacional - seja nas artes ou em qualquer outra actividade - para colocar em primeiro plano o que é estrangeiro, pondo-nos a viver, desse modo, algo estrangeirados dentro do velho Portugal que se tornou independente no século XII, para o voltar a fazer no século XVII, pelo que puxar para cima o brio dos portugueses é um dever que cabe a cada um de nós.

O que te falo em segredo...



Levas uma rosa ao peito...



"Quem não deve não teme"!


http://www.dn.pt/(de 20 de Junho de 2016)
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O porquê desta afirmação de António Costa - o ganhador na secretaria do lugar de Primeiro-Ministro - prende-se com a Comissão de Inquérito Parlamentar proposta pelo Partido Social Democrata (PSD) ao que se passou na Caixa Geral de Depósitos (CGD) quanto à necessidade da sua recapitalização pelos erário público, ou seja, à conta de todos os portugueses.

Não e não! 

A Comissão de Inquérito não é uma "infantil manobra"....
António Costa é que quer fazer dos portugueses que não lêem pela sua cartilha de infantis com aquela afirmação e, por isso, estejamos de atalaia... porque aquilo que se passou na CGD deve ser conhecido de todos os portugueses.

Costuma o povo dizer: quem não deve não teme... e o povo tem sempre razão!

Desde todas as idades...



domingo, 19 de junho de 2016

15 ou 80 mil manifestantes?


http://www.cmjornal.xl.pt/(de 19 de Junho de 2016)

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Gabriela Canavilhas a quem se deve este comentário foi Ministra da Cultura de um governo do Partido Socialista (PS) e a ver pela notícia que hoje temos, podemos admirar a sua cultura democrática, deixando a descoberto o que alguns "bem pensantes" pensam da liberdade de expressão...

Eu não sei se a jornalista do Público ao falar de 15 mil pessoas acerta no número, mas sei que os Sindicatos costumam exagerar e, por isso, a verdade do número de pessoas que estiveram na manifestação a favor dos "contratos de associação  dos colégios privados", será sempre um mistério.

Agora, só porque a jornalista - segundo a opinitiva senhora deputada - somou por baixo o número dos que estiveram presentes e os 80 mil era um número mais sonante sugerir a sua demissão do jornal "Público" é um despautério inqualificável, mas condizente com uma certa cultura que mora na esquerda... que crê que a verdade só mora naquele lado, o que é - convenhamos - uma falta de respeito pela inteligência de quem ouve os cultores apaixonados que só olham para aquele lado.

Acautelemo-nos pois, com o sentido democrático que anda a ser tratado nalgumas vias, porque, pelos vistos, qualquer pessoa - especialmente, os jornalistas - têm de acreditar no número de manifestantes fornecidos pelos Sindicatos, como se fossem de lei.

Pobre democracia é aquela que temos!
Portugal - pelo seu passado - merecia mais... muito mais!

Não, senhora Gabriela Canavilhas. 
Vir agora dizer que usa o Twitter de forma "informal" e "descontraída" é uma desculpa que não apaga a culpa de quem deve ao País - por ser sua deputada - mais formalidade e contracção nos desabafos que todos temos a liberdade de ter, mas sobretudo quem arca com a responsabilidade pública do cargo que ocupa no Parlamento.